Pecado peco

Há pecados que cometo sem medos,
sei que mereço o perdão.
Já devia ter cometido mais cedo,
mais justifica a razão.

Aliviar o sofrimento de alguém,
que vive em uma prisão mental.
Como se fosse um refém,
nas mãos de um marginal.

Manipulam mentes humanas,
Usam com álibi, o além.
Dizem que tudo é profano,
pra subjugar outro alguém.

Pecados criados por fanáticos,
na época da inquisição.
Gerados de um Deus lunático,
não é esse que está em meu coração.



Pedro Ramalho.


Aguardem meu livro de poesias.

Ás várias formas do amor

Chego sempre em você,
sinto o cheiro teu corpo,
arrepias, mas não me vê,
encosto os lábios em teu rosto.

Sabes que estou aí,
passas a tatear,
começas a sorrir,
sente que vou te amar.

Tudo em sintonia...
Outro tipo de comunicação?
Quiça, telepatia,
ou mensagens do coração.

Por incrível que pareças,
isso nos satisfaz.
Essa energia nos deixa,
com o corpo e a mente em paz.





Pedro Ramalho.


Aguardem meu livro de poesias.

Marcas da vida

As marcas fincadas em minha face,
são meus caminhos do passado.
As mais fundas e sem disfarces,
representam o que fiz de errado.

As superficiais e suaves,
quando era menino.
ainda não tinha maldades,
tudo era muito lindo.

As marcas mais regulares,
são caminhos da adolescência.
Fazia muitas bobagens,
mas, com uma certa inocência.

Mas as partes que não tem marcas,
são caminhos que não passei.
Com certeza me fez falta,
pra chegar, aonde não cheguei...



Pedro Ramalho.


Aguardem meu livro de poesias

Somente isso...

Não sei se te falo ou te ouço,
o que sinto é forte demais.
Se demorar mais fico louco,
falar ou ouvir, fico em paz.

Tem momentos que percebemos,
a mente vai transbordar.
Nesse instante morremos,
se alguém não nos ajudar.

A vida, mal vivida, sufoca,
sentimos falta de ar.
Milho em pressão, pipoca,
só uma válvula para escapar.

Só precisamos da paz,
vinda dos simples amores.
Um cachorro, nunca é demais,
e morar perto das flores.



Pedro Ramalho.


Aguardem meu livro de poesias.

Primavera, irmã flores

Como não falar das flores?
São pedacinhos do paraíso.
Pintados de várias cores,
e na Terra distribuídos.

Sem elas a vida se torna opaca,
a natureza fica mais triste.
As borboletas voltam a lagartas,
canto dos pássaros? Não existe.

O sol levanta mais tarde,
o vento sopra devagar,
a luz perde a intensidade,
e a poesia a se apagar.

Mas eis que chega a primavera.
Estação do trem das flores.
Chegam lotados com elas,
e enchem a Terra de amores.



Pedro Ramalho.



Aguardem meu livro de poesias.

Rosto na chuva

A chuva caia incessante,
as gotas escoriam pelo vidro.
De repente um rosto ofegante,
batia pedindo abrigo.

O vestido todo encharcado,
Dei uma camisa social.
Os cabelos estavam molhados,
eras muito sensual.

Ofereci uma taça de vinho,
a lareira estava a esquentar.
Sentamos muito juntinhos,
sentia algo no ar...

Tua imagem estava tão pura,
desejo, mas não posso te amar.
A não ser que cometas uma loucura,
e venhas a mim te entregar...



Pedro Ramalho.


Aguardem meu livro de poesias.

Doce loucura

Chegamos ás vezes tão perto,
de um momento diferente...
E por pensarmos ser certos,
o enterramos pra sempre.

Mais tarde vem o arrependimento,
porque o certo, nunca foi certo.
Com o tempo vamos aprendendo,
que ás vezes o torto é o correto.

Meus melhores momentos,
foram sempre os de loucuras.
Nunca tive arrependimento,
hoje são doces aventuras.

Sem que venha a prejudicar,
faça sempre uma lambança.
Irás se presentear,
como a mais bela lembrança.




Pedro Ramalho.


Aguardem meu livro de poesias.

A bela das flores

Menina! Tu encantas com tanta beleza.
Que elegância passeias entre as flores,
com um lindo vestido e muita leveza,
de longe tua imagem confunde com as cores.

Usas um belo chapéu,
tens uma flor na mão.
Caistes do céu,
Ou vens de uma canção?

Com tua sutileza,
pareces que baila.
As flores vermelhas,
não param de olha-la.

Chamastes atenção do amigo vento,
que veio mais cedo só pra te ver.
Fez as flores bailarem com o seu movimento,
tornando mais belo o entardecer.



Pedro Ramalho.


Aguardem meu livro de poesias.

Além do limite...

Caminho sempre pra onde não sei...
Sei dizer agora onde onde estou.
Após o horizonte nunca passei,
portanto não posso saber pra onde vou.

A vida contém os seus mistérios,
a mente humana não pode entender.
Portanto não mais me desespero,
e no meu limite, procuro viver.

Existem infinitos externos e internos,
neles se encontram os segredos da vida.
Os Deuses conhecem, portanto são eternos,
pra eles não existem tempo, nem partida.

Busco no simples como viver,
encontro os Deuses sempre por lá.
Com a natureza, tudo a aprender,
a vida começa a descomplicar.



Pedro Ramalho.

Aguardem meu livro de poesias.

Homens covardes

(Foto: Pedro Ramalho)


A imagem é muito cruel,
meu coração está partido.
Olha que ridículo papel,
bater em um vira lata querido.

Imaginem a covardia,
e a mente desse canalha.
Que maltrata com ironia,
e sai com o riso na cara.

Não estava na hora,
defendo sempre a paz.
Mas mudaria minha estória,
pois sei do que seria capaz.

Já está sob cuidados,
não sabemos se cego vai ficar.
Sei que é muito amargo,
mas precisava mostrar.



Pedro Ramalho.


Obs: Vamos defender a natureza e os nossos indefesos animais.

Arte

Arte é mostrar o diferente,
tentar aguçar os sentidos,
bulir no criativo da mente,
é fazer do novo um amigo.

É entender na frente e mostrar,
apenas com tua certeza,
sem medos e acreditar,
que mostras apenas a beleza.

É ter muita sensibilidade,
mistura de amor e coragem,
ver detalhes na verdade,
mesmo que disforme a imagem.

É colocar emoção na pintura,
no reflexo da luz ver as cores,
colocar matizes na gravura,
transformando o diferente em amores.



Pedro Ramalho.

Aguardem meu livro de poesias.

Segue ou fica?

Não sei se quero o que quero,
porque o que quero estagnou.
O meu coração é sincero,
portanto o que quero acabou.

A vida segue mutante,
mudanças silenciosas.
Se pararmos ficamos distantes,
como o estúpido da rosa.

Temos que acompanhar o agora,
ele está sempre em movimento.
Quem não o segue fica fora,
perdendo o seu momento.

Começam as diferenças,
quem segue e quem fica atrás.
Afeta a convivência,
não dá certo nunca mais.



Pedro Ramalho.


Aguardem meu livro de poesias.

Colocar nos trilhos

Preciso de silêncio profundo,
quero encontrar meu caminho.
Não sei se ainda estou nesse mundo,
ou se uma nova dimensão se abriu.

Sinto que estou, mas não estou,
como se estivesse entre o nada.
Falta a dor e o amor,
sinto minha voz censurada.

Entre os espaços do nada,
eu compreendi quase tudo.
É que tem momentos que acaba,
e tudo fica realmente mudo.

São intervalos do tempo,
nos dando tempo pra mudar.
Precisamos ficar mais atentos,
pra depois não ter que chorar.



Pedro Ramalho.


Aguardem meu livro de poesias.

A Deusa dos ventos

Numa doce manhã,
estás a passear.
Oh! Bela Iansã,
sentindo a brisa do mar.

Deusa poderosa dos ventos,
queria ser esta flor.
Pra sentir o momento,
desse cheiro de amor.

As gaivotas singelas,
ficam á admirar,
uma Deusa tão bela,
e a beleza do mar.

Teu andar é tão lindo,
e és tão fascinante,
que o caminho vai se abrindo,
e o tempo para um instante.




Pedro Ramalho.


Aguardem meu livro de poesias.

Sombra na luz

A sombra caminha com a imagem,
segue-a aonde tem luz.
Mas torna-se em nada,
quando ao escuro a conduz.

Pra luz, o mal é levado,
quer mostrar o seu rosto.
Quanto mais fores iluminado,
mas ele quer o encosto.

Cabe a você descobrir,
e agir como um vagalume.
Apagar para o mal sumir,
e acender como de costume.

A ganância, a inveja e a vingança,
são males que devemos eliminar.
A bondade, a compaixão e a esperança,
são virtudes que devemos cultivar.



Pedro Ramalho.


Aguardem meu livro de poesias.

Coração cigano

Menina tão linda,
tu és uma cigana.
Tens um olhar que fascina,
teu corpo é uma chama.

Vestido vermelho,
adereços de metais.
Tuas mãos têm espelhos,
que vê os mortais.

Cabelos ao vento,
danças sensuais.
Resistiu ao tempo,
teus hábitos normais.

Cheguei bem perto,
pegou em minha mão.
Com o sorriso aberto,
me entregou o coração.



Pedro Ramalho.

Aguardem o meu livro de poesias.

Desafio à paixão

Fiz um desafio comigo,
iria conquistar a paixão.
Deixa-la com o coração ferido,
e ir embora sem razão.

Mostrar o que ela faz com todos,
primeiro em intensidade,
depois brinca com o fogo,
e queima a alma á vontade.

Deixas a pessoa sem noção,
tudo é felicidade.
Iluminas o coração,
ás vezes já com maldade.

Sentimos num paraíso,
um campo coberto de flores.
De repente o chão abre o piso,
vais embora e deixas as dores...



Pedro Ramalho.

Aguardem meu livro de poesias.

Pintura em movimento

As cores se misturam,
procuram a matiz mais bela.
Para doarem a pintura,
a essência da alma delas.

Mostrar suas nuanças,
no coração das gravuras.
figuras que parecem em andanças,
tudo parece loucura.

Ao mudar a perspectiva,
observamos coisas diferentes.
Surgem novas alternativas,
quiça, mais inteligentes.

Mentalize a pintura com a alma,
verás os movimentos das cores.
Transcende os sentidos e acalma,
é o belo em direção aos amores.


Pedro Ramalho.


Aguardem meu livro de poesias.

Livre amor

Menina tão bela,
que tanto admiro,
de roupa amarela,
tu mexes comigo.

Andar tão faceiro,
a todos encanta.
Mostras os lindos joelhos,
quando o vestido levantas.

Teu olhar imobiliza,
não consigo andar.
Teu sorriso cativas,
não consigo falar.

És uma doce flor.
deves estar sempre livre.
Como um grande amor,
se abafas, não vives.


Pedro Ramalho.


Aguardem meu livro de poesias.

Pensamentos

Me levas pra onde,
oh! pensamento profano?
Sabes que estou muito longe,
da mulher que eu amo.

Enches-me de fantasias,
não paro mais de pensar.
Momentos de alegrias,
tu consegues me dar.

Fico ligado direto,
fazes-me o sono passar.
Mas quando te deleto,
deixas-me a chorar.

As belas e doces lembranças,
são cortadas ao meio.
Pensamento me volte a criança,
é hora do meu recreio.


Pedro Ramalho.


Aguardem meu livro de poesias.

Beleza escondida

Todos têm tuas belezas,
elas estão escondidas.
Às vezes as nossas tristezas,
as escondem mais ainda.

Olhe você no espelho,
mas olhe contra á luz.
Verás teus olhos vermelhos,
de chorar com a tua cruz.

Atitudes diferentes,
mostras tua própria luz.
Sentirás de repente,
que libertaste da cruz.

Ganhas confiança e coragem,
começas a enxergar tua beleza.
No espelho pareces outra imagem,
mas és tu com certeza.


Pedro Ramalho.

Aguardem meu livro de poesias.

Sentir com pegada

Quero um amor,
que me faça sentir.
Como uma dor,
nos faz refletir.

Quero momentos,
de rara beleza.
Como o sofrimento,
nos leva a pureza.

Quero ver as cores,
com suas matizes.
Assim como as flores,
com suas raízes.

Quero um abraço,
com o coração.
Com o mesmo ímpeto,
de uma paixão.

Quero viver com intensidade,
pra me levar ao infinito...
Como a luz com sua velocidade,
ilumina todos os seres aflitos.


Pedro Ramalho.

Aguardem meu livro de poesias.

O universo conspira...

Em teu olhar a tristeza...
Às lágrimas escoriam,
mas não ofuscavam a beleza,
do teu rosto enquanto caiam.

Tua tristeza era tão bela,
como a melancolia ao entardecer.
Não sabia a causa dela,
fiquei triste ao te ver.

Cheguei perto do teu rosto,
e o encostei em meu ombro amigo.
Perguntei a contragosto,
o que houve contigo?

abraçou-me forte e respondeu,
com uma doce emoção.
O responsável era eu,
o dono do teu coração.

Respondi em teu ouvido,
então pares de chorar.
Eu a amava escondido,
e tinha vindo te falar.



Pedro Ramalho.


Aguardem meu livro de poesias.

Ápice imaturo

O ápice só é brilhante,
depois de  uma grande caminhada.
Chegando no último instante,
após brincar na jornada.

É como fazer amor.
Antes é bom namorar,
carinhos, beijos e calor,
então ao ápice chegar...

O grande mal do ser humano,
é querer ter vários ápices.
Correndo pra estar chegando,
até que a morte o ultrapasse.

Enquanto a fruta amadurece,
a árvore nos mostra as flores,
sombra nos oferece,
e nos faz pensar pensar nos amores.



Pedro Ramalho.


Aguardem meu livro de poesias.

A pureza do amor

Ar que respiro e às vezes sufoca,
viver, só é viver, com liberdade.
Milho em pressão, vira pipoca,
tudo se perde, só falsidade.

O amor verdadeiro é muito puro,
ele nunca se contamina.
Quando sente que há algo impuro,
ele próprio o elimina.

Ele é o fruto que vem da verdade,
do bom, é a essência da essência.
Aonde nunca cabe a maldade,
ele preenche as nossas carências.

O amor está na simplicidade,
num gesto, num olhar, e dentro da alma.
Está sempre aonde não tem vaidades,
é o sentimento que mais nos acalma.


Pedro Ramalho.



Aguardem meu livro de poesias.

A natureza ensina

Fazer carinho...
Aprendi com a brisa,
quando estou a caminho,
e o meu rosto alisa.

Com tanta ternura,
que não sinto cansaço.
Alivia a amargura,
como num doce abraço.

Amar sem trocas...
Aprendi com as flores,
que doa teu perfume a quem as toca,
depois as arranca, e sentes as dores.

Vivem por poucos dias,
mas mostram tua beleza,
sem nenhuma rebeldia,
contra a mãe natureza.



Pedro Ramalho.


Aguardem meu livro de poesias.

Não perca momento

Ficava a olhar da ponte,
as águas do rio Almada.
Enquanto no jardim defronte,
passeava minha linda amada.

Éramos ainda meninos,
mas o coração disparava.
Porém, o ingrato destino,
sempre nos separava.

Agora adolescentes,
fomos morar junto ao mar.
Cresciam as nossas sementes,
mas, ficava no olhar.

Eu com a minha timidez,
com ela nada falava.
Ela por sua vez,
com outros namorava.

Fazes o que pensas agora,
nunca deixes pra depois.
Não podemos perder a hora,
passou o momento, já foi...


Pedro Ramalho.


Aguardem meu livro de poesias, quase pronto.

Motivo para viver

Um olhar perdido...
Quase sem emoção.
Em busca de algum sentido,
que mexa com a razão.

Pensamentos viajam o mundo,
chegam ao infinito...
Mergulham no mais profundo,
mar mental, o qual habito.

Às vezes encontram o vazio,
o conteúdo acabou.
Sem consistência ruiu,
e o nada restou.

A reciclagem é importante,
mistura do novo com o velho.
Gera um movimento constante,
quiça, é isso que quero.



Pedro Ramalho.

Aguardem meu livro de poesias.

Viver com paixão

A vida é por nós sentida,
quando liberamos as paixões,
que estavam contidas,
em nossos doces corações.

Passamos a viver com prazer,
brotam sonhos e ilusões.
Começamos a conhecer,
a plenitude de nossas emoções.

Os problemas se tornam pequenos,
o estresse, não volta jamais.
O mundo se torna mais ameno,
encontramos o início da paz.

Devido a estarmos mais atentos,
observamos as cores e a flores.
Tornamos amigos do vento,
e ele nos trás os amores.



Pedro Ramalho.

Outra vida

Não sei se estou aqui,
ou se em outro lugar.
Quiça, dentro de mim,
não consigo enxergar.

Minha mente deu uma parada,
tudo muito confuso,
como se fosse uma charada,
sem muito conteúdo.

Preciso saber onde estou,
tateando, sigo pro lado,
ainda não sei pra onde vou,
acho que está tudo acabado.

De repente surgiu uma luz,
tudo estava brilhando.
Incrédulo, chamei por Jesus.
Ele disse: Estás chegando...



Pedro Ramalho.


Aguardem meu livro de poesias.

Doce nobreza

Olhando pra onde,
menina faceira?
Teu olhar não esconde,
tu és verdadeira.

Não me reprimas,
por olhar tua nobreza.
Teu rosto fascina,
pareces uma princesa.

Teu olhar hipinotisa,
de tamanha beleza.
Nos imobiliza,
tornamos fácies presas.

Mas, és linda por dentro,
e liberas o pecador.
Quiça, aquele momento,
pode transformar em amor...


Pedro Ramalho.


Meu livro de poesias , está chegando.

Jeans rasgado

Adoro mulher com jeans rasgado,
fica juvenil e um pouco selvagem.
Pedaços do corpo sutilmente mostrados,
retratam simplesmente uma bela imagem.

A calça colada e o andar sensual,
sorriso nos lábios e cabelos ao vento.
Aquilo pra ela tão natural,
atiça fantasia em meu pensamento.

Pareces uma linda flor campestre,
o tom sobre o tom de tua pele com o pano.
És linda demais quando assim se veste,
abandono tudo e me torno profano.

O jeans rasgado é uma arte no belo,
vestimenta simples, em bela escultura.
Mostra pedaços do corpo que quero,
és da pintura, a tua moldura.



Pedro Ramalho.

Aguardem o lançamento do meu livro de poesias.

Estrada da vida

Estrada de terra,
árvores secas.
Triste, mas belas,
as frutas estão pecas.

Sigo o caminho,
em busca da vida.
Do pássaro no ninho,
de uma árvore florida.

A fome é brutal,
não como há tempo.
Estou muito mal,
não sei se aguento.

Continuo a andar,
mas, cambaleando.
Pareço delirar,
ouço um pássaro cantando.

Matos verdes voando,
água doce correndo.
Estou desmoronando,
e meu corpo morrendo.


Pedro Ramalho.

Aguardem meu livro de poesias.

Deusa do infinito

Chegastes do infinito...
Com poderes em ascensão.
Está lançando teu grito,
abrindo teu coração.

Distribuindo esperanças,
aliviando tristezas.
Com pureza e elegância,
és a beleza da beleza.

Esta Deusa do além,
quando passas aqui na Terra,
cumpre o programa que tem,
orientar a quem erra.

Bela por dentro e por fora.
vou te fazer um pedido:
Deusa não vá embora,
ou me leves contigo...




Pedro Ramalho.


Aguardem meu livro de poesias.

A espera

O olhar de tristeza,
lágrimas a rolar.
com muita firmeza,
olhava pro mar.

Buscava no horizonte,
a sua solução.
Sentada defronte,
fazia oração.

Aguardava com dor,
o seu belo marido.
seu barco afundou,
e estava sumido.

De repente um grito,
e ela assustou,
era o pai aflito,
Olhou em teus olhos : Ele voltou.



Pedro Ramalho.


Aguardem o lançamento do meu livro de poesias.

Salvador da Bahia

( Foto: Pedro Ramalho)

Terra de todos os Deuses,
juntos, vivem em paz.
Festa em todos os meses,
és bonita demais.

Primeira capital do Brasil,
arquitetura colonial.
Hoje cabisbaixa e servil,
destruída pelos marginais.

Da tua terra encantada e amorosa,
nasceram sementes criativas:
Castro Alves, Jorge Amado, Ruy Barbosa,
e Anísio Teixeira, com sua educação coletiva.

Com teu ritmo Afro Deuses humanos,
a música reverencia:
Gil, Bethânia, Gal, Brown, e Caetano,
Caymmi, João Gilberto, Raul Seixas e cia..

Belos e tantos motivos,
era uma música especial.
Hoje estamos sentidos,
com tanta asneira superficial.

O Brasil foi aqui descoberto,
portanto Bahia, tu és mãe.
Tens um povo alegre, confesso.
Mas, há tristeza nas novas gerações.

O azul do teu céu e teu mar,
veio do infinito com magia.
De longe parecem juntar,
oh, Bahia! Tu és uma poesia.

Somos um povo guerreiro como poucos,
aqui começou a nossa independência.
Maria Quitéria, Joana Angélica e os caboclos,
deram a vida, pela nossa permanência.

Terra de igrejas que encantam,
Terreiros sagrados de uma mãe só.
Orixás e Santos se encontram,
 no belo  Dique do Tororó.

Hoje tem turismo sexual,
aonde maníacos do mundo todo,
vêm para um carnaval,
explorado, que está dando nojo.

São Jorge dos Ilhéus,( ex rainha do cacau,)
hoje vive abandonada,
destruída, sem igual,
precisa ser ajudada.

Estão destruindo a Bahia,
metrô, 13 anos pra 6 km construir.
O inchaço e a violência, estão matando a magia,
O Oxente tão lindo, está começando a ruir.




Pedro Ramalho.


Obs: Essa é a realidade da minha Bahia. Peço desculpa por não citar na poesia grandes nomes
como: Glauber Rocha, Ubaldo Ribeiro, Adonias Filho, Gregório de Mattos,Caribé( Baiano de coração),
            Tatti Moreno, Bel Borba, Otávio Mangabeira, Irmã Dulce, Consuelo Pondé e outros...



Aguardem meu livro de poesias.

Meu blog de poesias: www.simplesmente-poesias.blogspot.com.br

A flor cura

Quando me sinto perdido,
acaricio a minha face com uma flor.
Fecho os olhos e desligo,
sinto-me em um estado indolor.

Células começam a se comunicar,
trocam informações.
Precisam saber o que há,
aonde está a razão.

O movimento é intenso,
mas, a mente fica sem ação.
Pois como em nada penso,
ela perde a noção.

Quando todos estão perdidos,
eu me ligo e me acho.
Em cadeia sintonizam comigo,
sem uma flor, nada faço.




Pedro Ramalho.

Aguardem meu livro de poesias.

A calça no chão

Não jogues a calça no chão,
penses quanto ela te ajudou,
a conquistar outro coração,
quando teu corpo desenhou.

A trajetória dela até você,
começou do plantar o algodão,
pessoas sofridas a colher,
e colocando em sacos pelo chão.

Depois segue para o armazém,
onde caminhões vêm buscar.
Levam direto para o trem,
que vai para a fábrica entregar.

Lá se transformam em fibras,
operários, máquinas a manejar.
Aprontam sob diversas medidas,
e depois começam a embalar.

Vão direto para os shopping,
suas vitrines enfeitar.
Passas, olhas, e pensas: Dá em mim?
experimenta e pagas pra levar.

Mostras às tuas melhores amigas,
á noite, conquistas um coração.
A calça, realça tuas formas lindas,
porque jogas no chão?





Pedro Ramalho.

Aguardem meu livro de poesias.

Corpo sem alma

Que pessoa fria!
Pareces que não tens sentimentos,
vives em desarmonia,
e na mente só tormentos.

Pensa só em maldades,
não tem consideração,
age com crueldade,
parece não ter coração.

Maltratas o indefeso,
adoras criar intrigas.
Causa terror e medo,
não consegue viver sem brigas.

A luz interna se apaga,
tua alma desliga do corpo.
A vida se torna amarga,
o que tinhas de bom foi morto.



Pedro Ramalho.


Aguardem meu livro de poesias.