Amor proibido

Chegou chapado de vinho,
resolveu ligar pra amada.
Queria ouvir teus carinhos,
na fria e doce madrugada.

Ela não atendia,
quiça não estava ouvindo.
Ou não falar podia?
Todos estavam dormindo.

Tentou via Whats App,
escreveu tudo que sentia.
Declarou com muita arte,
seus desejos e fantasias.

respondeu cheia de desejo,
nosso amor é proibido.
Não atendi por medo,
teria um duro castigo.

Por um lapso de memória,
quase come a maçã.
Acaba com sua história,
seria um artista sem fã.

Correu e se jogou na cama,
antes que repetisse o que fez.
Prejudicaria quem mais ama,
o sono o salvou dessa vez.




Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)





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Poesia é cultura. Beijos.

Levantas a cabeça

Colete jeans, cabelos ao vento,
semblante triste, olhando pro chão
Sentes que é difícil o teu momento,
embora sem culpa da situação.

Levantas a cabeça, oh, jovem tão bela!
instantes passam junto com o tempo,
como um desfile na passarela.
Tente aprender com esse tormento.

Milhares de jovens sentem o que sentes,
observe com calma, aquela  doce flor.
Vive tão pouco, mas sorrindo sempre,
porque sua essência é fruto do amor.

Jovem tão bela! Experimente sorrir,
Com a luz dos teus olhos, clareias o escuro,
verás que a vida está dentro de ti,
esqueças o passado, vivas o presente e que venha o futuro.






Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)




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Poesia é cultura. Beijos.

Faltava um pedaço

Estava linda e charmosa,
o preto realçava sua elegância.
Ao chegar dei-lhe uma rosa,
era a beleza em abundância.

Imaginei em suas curvas deslizar,
beijar os seus lábios sensuais.
Os pensamentos me levavam a pecar,
por enquanto, fantasias irreais.

Seus olhos brilhavam como as estrelas,
batia forte seu rebelde coração.
Registrei em foto pois queria vê-la,
a bela face de uma paixão.

Encostei-lhe na fria parede,
entregámo-nos, no nosso abraço.
Sorrimos, após matarmos a sede,
pois a foto faltava um pedaço.




Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)



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Verde ou amarelo?

E agora Brasil?
Acabaram as eleições.
A máscara do preconceito caiu,
o ódio derrubou a razão.

A hipocrisia campeia,
alguns se escudam na cruz.
Mas com o preconceito na veia,
pensam que compram Jesus.

E agora Brasil?
Porque tanta discrimiNAÇÃO?
Terra que várias raças, uniu.
Não cabe quem prega desunião.

E agora Brasil?
Querem reparti-lo.
Oh! Terra que todos pariu.
Mãe não se separa dos filhos.

Somos um povo unido,
amamos nossos irmãos.
Precisamos reformar os partidos,
pois partidos eles já estão.




Pedro Ramalho.
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Voltou

O local está muito vazio,
neblina e pouca claridade.
O teu belo amor partiu,
deixando-a, solidão e saudade.

A espera do quase nada,
inexiste aquele momento.
A noção do tudo se acaba,
na mente só resta tormento.

O tempo parece parar,
pois não há movimento.
Nada queres pensar,
paras os sentimentos.

Chega o frio com a noite,
começa a garoar.
Lágrimas misturadas com gotas,
em tua face suavemente a rolar.

Um toque suave em teu rosto,
um beijo nos lábios a molhar.
Uma voz te devolve o conforto:
"Helena, acabei de voltar".




Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)



Poesia é cultura. Beijos.

Tu em mim

Penso, penso, penso...
Não sais do meu pensamento.
De repente, um arrepio intenso.
É teu cheiro chegando com o vento.

Mata-me de desejo,
sinto a tua energia.
Na minha boca molhada, teu beijo,
sei que não é fantasia.

Lágrimas escorrem em meu rosto,
é muito forte a emoção.
Teu corpo materializando em meu corpo,
aceleras o meu coração.

Acaricias os meus cabelos,
de prazer vou explodir.
Sinto-o toda tê-lo,
estás dentro de mim.

Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)

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Sonho profundo

Precisamos nos aprofundar,
os sonhos estão nas raízes.
Uma vida rasa a levar,
destroem as nossas matizes.

Os sonhos encontram-se na alma,
dentro do eu mais profundo.
Busque-os, não os troque por nada,
sem eles, um vazio em seu mundo.

As dores e sofrimentos,
pedras em nossos caminhos.
Mas nos ensinam com o tempo,
que flores também tem espinhos.

Sonhar, sempre sonhar,
mesmo um sonho impossível.
No infinito vá procurar,
quiça ele encontre contigo.



Pedro Ramalho.
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Não mais encaixam

A mudança nos faz crescer,
a alma e a nossa mente.
É o novo o nos acrescer,
informações do diferente.

O viver junto, nos acomoda.
E se um vai e o outro fica?
Quando se acorda,
há distâncias, muito distintas.

Um verde, outro maduro,
diferentes sintonias.
Um seguro, outro inseguro,
já não se encontram, como a noite e o dia.

As metades já não se encaixam,
as melodias não são as mesmas.
Um no espaço, outro embaixo,
a união está enferma,
caminhando para o fracasso.




Pedro Ramalho.
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Sem saída

Lugar feio, sem saída,
muros altos sem pintura.
Um xeque mate da vida?
Ou a terrível censura?

Fecho os olhos, tudo é belo,
vejo um rosto, um sorriso.
É o irreal que tanto quero?
Não importa, estou perdido.

Sinto no corpo um empurrão,
de repente, estou no ar.
Uma estranha sensação,
caí em outro lugar.

Lindo campo, belas flores,
o dia parece despertar.
Claridade, belas cores,
ouço alguém me chamar.

Sou eu mesmo? o real!
Será que consegui uma saída?
E se for o irreal?
É a vida, após a vida.




Pedro Ramalho.
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A Brisa me acalma

Rua deserta,
névoa fria.
Janela aberta,
cama vazia.

Na cadeira sentado,
absorto, pensando...
O tempo nublado,
sono esperando.

O barulho do vento,
sinto um pouco de medo.
A mudança do tempo,
começou muito cedo.

O desespero me toma,
corro pra janela.
Sinto um doce aroma,
era o cheiro dela.

O vento a empurrava,
cabelos pro ar.
A Brisa chegava,
pra me acalmar.




Pedro Ramalho.
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Me achei

No escuro, vagalumes,
pisca, pisca, me orientam.
Sem regras e sem costumes,
no silêncio se movimentam.

No firmamento, lindas estrelas,
a constelação Cruzeiro do Sul.
Acerto meu rumo ao vê-la,
do nordeste para o extremo sul.

Sigo eu, procurando...
Quiça uma nova missão.
Ao caminhar vou me achando,
dentro do meu coração.

Nas estrelas achei meu rumo,
na natureza encontrei a paz.
No silêncio a mente aprumo,
agradeço a você meu Pai.




Pedro Ramalho.
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Firmamento és tu

Firmamento és tu




Cheiro de flor,
lençóis macios,
após o amor,
cálices vazios.

Olha-me sorrindo,
pede-me mais vinho.
O sol se despedindo,
faço-te um carinho.

Um beijo moleque,
fazes-me cosquinha.
Teu corpo aparece,
és uma rainha.

Abrace-me apertado,
sinta comigo o momento.
Está contigo a meu lado,
sinto-me no firmamento.




Pedro Ramalho.
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Calor

Calor, de um abraço apertado,
ao encontrar uma doce amiga.
Calor, dos teus lábios molhados,
quando beijas minha boca numa despedida.

Calor, do fogo ardente,
do teu coração.
Que atiça tua mente,
a impossível paixão.

Calor, do teu corpo suado,
após um amasso em frente ao portão,
Em pé longo tempo, gostoso e malvado,
mas é a mais doce e pura emoção.

Calor, da areia na praia,
sentados e abraçados vendo o sol se por.
Sorrimos e antes que ele saia,
olhando aquelas cores, nos fazemos amor.




Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)




Poesia é cultura. Beijos

Mel da lua

A palidez do teu corpo,
sob o efeito do luar.
O sorriso estampado no rosto,
deitada, nua a sonhar.

A espera do amante,
contagem regressiva.
A chegada do instante,
onde a vida é vivida.

Coração já palpitante,
algo estava no ar.
E num doce rompante,
seu homem estava a chegar.

Pela janela penetrou,
na cama ela o esperava.
Por pensamento chegou,
pra saciar tua amada.





Pedro Ramalho.
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Começar de novo

Passamos a nossas vidas,
nos ensinando a aprender.
Amo você ainda,
não aprendi a te esquecer.

Mas as divergências de pensamentos,
com jeito, algo nos separou.
Quiça mudar o momento,
função nova, Deus nos reservou.

Cumprimos nossa missão,
aprendemos com os nossos erros.
Filhos, independentes estão,
do passado não temos medo.

Hoje teu aniversário,
também és professora.
Te desejo um novo cenário,
belo, feliz e duradouro.

A liberdade me assusta,
o meu rumo só tem neblina.
Mas o novo é minha busca.
Adeus, vou dobrar a esquina.





Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)



Poesia é cultura.

Mestres

Grandes mestres!
transmissores do saber.
Quanto nosso mundo enriquece,
ensinando-nos com prazer.

Porque tão maltratados?
Por ensinarem e pregarem o conhecimento?
Oh! Seres iluminados,
como é triste esse momento.

Hoje faltam-lhes com o respeito,
alguns pagam pra ensinar.
Cadê os estudantes por vocês feitos,
sumiram após os deixar?

Todos aprendem com os mestres,
do presidente ao simples gari.
Mas todos os esquecem,
por isso não mudamos o país.

Mestre da minha infância,
onde as primeiras letras aprendi.
Mestre da minha adolescência,
com rebeldia e amor convivi.
Ajudaram-me criar minha essência,
fizeram-me pensar. Não sou um robô, agradeço a ti.






Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)





Poesia dedicada a todos os professores do Brasil,
sem educação nunca seremos potencia e sim mani-
pulados.


Poesia é cultura. Beijos.

Gangorra

Empurra que a gangorra balança,

balança pra lá e pra cá.

Trazendo alegria pra criança,

e levando a tristeza pra lá.

O seu gostoso vai e vem,

mexe com a respiração.

Um vazio na barriga também,

que delícia de sensação.

Quando as pernas vão pra cima ,

a cabeça vai pra baixo.

Gritam meninos e meninas,

olhem o que eu faço.

Gangorra que nos permite voar,

ver o mundo em movimento.

Gangorra que nos faz sonhar,

naquele mágico momento.

Pedro Ramalho.

(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)

Poesia dedicada as crianças. E a criança que habita em nos.

Poesia é cultura. Beijos.

O poeta e o segundo

Poeta, porque o sorriso?
Estou muito contente,
vou lançar o segundo livro,
de poesias simplesmente.

Os temas são variados,
para mexer com a mente.
O amor, o belo, o pecado,
a natureza, a terra e a semente.

São quarenta belas poesias,
escolhidas com alma e o coração.
Muita sensibilidade e sintonia,
com a mais pura emoção.

Lindas fotos e colorido,
um design sem igual.
Uma delícia de ser lido,
um presente cultural

Quem já comprou o primeiro,
ficará com o segundo.
Aguardará o terceiro.
A poesia muda seu mundo.




Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)


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Aguardem o segundo volume.

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Poesia é cultura. Beijos.
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Sem fim

Caminhando, triste e desanimado,
o fim da minha estrada chegando.
Sinto meu corpo empurrado,
algo está me levando!

Para a minha surpresa,
a estrada não tinha fim...
Vi novas belezas,
a vida sorria pra mim.

O fim é um novo começo,
sempre para o seu bem.
É o direito do avesso,
é o novo do novo que vem.

Agora já animado,
vejo luzes e muitas cores.
Segui em frente calado,
pensando em novos amores.




Pedro Ramalho.
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Doce mistura

Paixão, flores e pitanga,
mistura do belo com o amor.
A dança, a brisa comanda,
linda coreografia em cor.

Pitanga vermelha, a paixão,
flores amarelas , o belo.
O movimento, a emoção,
toma a forma do que quero.

O perfume encantador,
as folhas nos galhos tão vivas.
São provas do doce amor,
da natureza primitiva.

Coloque a pitanga na boca,
sinta a sua doçura.
A paixão ficou tão louca,
com essa doce mistura.

Pedro Ramalho.
(Poeta, da Academia de Cultura da Bahia)
Foto: Pedro Ramalho.

Poesia é cultura. Beijos.

Amor despedaçado

O espelho despedaçado,
sangue na tua mão.
Imagens por todo lado,
mágoas no coração.

Lágrimas escorriam no rosto,
choro desesperado.
No desabafo, um conforto,
de algo nunca esperado.

Pedaços de papeis espalhados,
palavras que significavam o fim.
Era o bilhete rasgado,
um amor acabar assim.

Ele não quis nem falar,
havia um bilhete deixado.
No espelho estava a colar,
um murro o tinha quebrado.

Soluços, lágrimas e sangue,
o emocional abalado.
Agora, esperar que o tempo ande,
o amor já era passado.




Pedro Ramalho.
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Paixão cigana

Caminhos longos e vazios,
sem rumo e sem direção.
A esperança partiu,
deixando-me quase sem ação.

Cansado de andar e com fome,
parei numa grande cabana.
De dentro gritaram o meu nome!
Abriu a porta, uma bela cigana.

Perguntei espantado pra ela!
Como o meu nome sabias?
"Ao ouvir seus passos na terra,
já sabia quem era e de onde vinha.

E o vento meu mensageiro,
o seu nome me soprou.
E disse-me": Chegou seu companheiro,
aquele que sempre sonhou.

As lágrimas desciam em teu rosto,
abraçou-me com muita emoção.
Ao encostar teu corpo ao meu corpo,
falou: "És a minha doce paixão".





Pedro Ramalho.
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Segredo revelado

Nosso simples esconderijo,
de grandes façanhas e fantasias.
Lá fora, grandes amigos,
dentro, nossas doces magias.

Trocamos nossos segredos,
aqui não há preconceitos.
Nos amamos sem medos,
tudo, tudo à nosso jeito.

Vens sempre tão bela!
Roupas de várias cores,
mas quando se livra delas,
és a mais bela das flores.

Aqui no nosso paraíso,
não existe serpente.
Usamos nossos sentidos,
para o orgasmo somente.

O acaso nos tirou a alegria.
Ao ajeitar a máquina ao meu lado,
clic, o espelho registrou a fotografia,
e nosso segredo foi revelado.

Pedro Ramalho.
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Vinhogança

O vinho, o vazio, a vingança,
o tempo já se findou.
Morreu com ele a esperança,
e o sexto sentido captou.

Pensamentos em turbilhões,
vulcão para explodir.
Enganando dois corações,
estava ele com outra a sair.

Mais um gole de vinho,
tentava entender e esquecer.
De repente sorriu,
e disse: Eu preciso viver.

Levantou da cadeira decidida,
e resolveu sair.
Precisava estancar a ferida
e o que sobrava de si.

Foi pra um velho cabaré,
ávida por vingança.
Se juntou a um qualquer,
e jogou pra cima a aliança.




Pedro Ramalho.
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Meu anjo da guarda

Existem anjos entre nos,
as vezes não percebemos.
Nunca nos deixam sós,
sempre nos protegendo.

São Seres especiais,
por Deus são enviados.
Mensageiros do amor e da paz,
praticam suas ações calados.

Hoje tive certeza,
um anjo esteve comigo.
E com toda delicadeza,
me salvou do perigo.

Era demais o que vi,
fiquei tão emocionado,
recebendo ajuda de ti,
era um momento sagrado.

Nada querem em troca,
apenas nos dão amor.
São luzes em nossa volta,
energia do Nosso Senhor.




Pedro Ramalho.
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Quebra galho

Hoje, estás abandonado,
jogado em um canto qualquer.
Servistes a tantos, a teu lado,
e os mesmos não o olham sequer.

Quantas frutas que em ti já cresceram,
e a tantos alimentaram.
Ninhos onde pássaros nasceram,
quantos e quantos te usaram.

Gangorra em ti amarraram,
para crianças, brincar.
Forte, em ti confiavam,
davas o que tinhas pra dar.

Já não eras mais necessário,
O tempo o tinha enfraquecido.
A poda era o teu calvário,
isso estava decidido.

Fostes cortado sem dó,
choravas ao cair no chão.
Agora, tão fraco e tão só,
o homem endureceu o coração.

Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)
(foto: Pedro Ramalho)

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Amor de mulher

Acaricias o meu rosto,
adoro sentir teu toque.
Arrepias o meu corpo,
desejo, não me provoque.

Teus cabelos me alisam,
te vejo a sorrir.
Teus dedos me deslizam,
que queres tu de mim?

Mordes os lábios devagar
encostas tua boca com emoção.
Fixa-me com o teu olhar,
e beija-me com paixão.

Abraça-me bem apertado,
joga-me selvagemente na cama.
Gritas tremendo ao meu lado,
é assim que mulher ama.

Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)

Poesia é cultura. Beijos.

Meu Mestre

"Olho pra cima e vejo uma luz,
sinto meu corpo receber energia.
Sei que vem do Mestre Jesus,
inspiração divina das minhas poesias."



Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)



Poesia é cultura. Beijos.

Folhas da minha vida

O vento continua forte,
muitas folhas pelo chão.
Lembra-me, pedaços da minha vida,
observo-as na solidão.

As folhas secas representam,
períodos de dificuldades.
As amarelas me encantam,
a doce infância e a puberdade.

As verdes, o meu agora,
as minhas buscas e emoções.
Os brotos cortados fora,
lembram as minhas loucas paixões.

Há folhas espalhadas em grande quantidade,
algumas pela metade, lembra-me fases inacabadas.
Ali naquele chão, via minha vida, sentia saudades.
Sorrindo, falo baixinho, o tempo que sobra-me é quase nada.

Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)

Poesia é cultura. Beijos.

Visão do poeta

Na visão do poeta,
uma simples gota de água,
contém uma vida completa,
ás vezes inacabada.

São várias formas de vida,
universos vastos diferentes.
Não compreendemos ainda,
nem mesmo a vida da gente.

Macros e micros infinitos,
fora e dentro de tudo.
Pensar muito nos deixam aflitos,
meio perdidos e confusos.

Para passar isso o poeta,
converte tudo em magia.
Mostra o simples da vida complexa,
transformando tudo em poesia.

Pedro Ramalho.
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A bela do lago

Que te aflinges, oh! bela do lago?
Caminho em tua direção.
Quero em teu colo ficar deitado,
adoro sentir teu coração.

A simplicidade da tua beleza,
as flores, o verde, a água e o ar.
Harmonizam-se com a natureza,
tornando-o  sagrado esse lugar.

O espelho da água reflete a imagem,
do encontro dos belos: Real e irreal.
O lago se encanta com tão linda paisagem,
mistura do simples com o natural.

De longe observo algo tão estupendo,
não quero chegar perto pra não acabar.
Mas, a bela do lago ao me vê, vem correndo,
e teu corpo ao meu corpo sentimos juntar.




Pedro Ramalho.
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O simples, molhado

A chuva fina, incessante.
Consegue encharcar minha alma.
O para-brisa mostra instantes,
de movimentos que me acalmam.

As imagens estão desfocadas,
cores se acarinham.
Formas de tudo e de nada,
mistura do mistério com o vinho.

Acho tudo mais bonito,
quiça seja o diferente.
De emoção, saem gritos,
aquilo me deixa contente.

Apenas o simples molhado,
mudança, sem nada mudar.
Efeito dos sentidos refinados,
sensibilidade no observar.

Saboreio o que vejo,
sinto o cheiro do que ouço.
Chego a tocar no desejo,
a chuva extravasou o meu poço.




Pedro Ramalho.
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