segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Mudança de rota


Mudança de rota


Quantos destinos foram mudados com a Pandemia?
Nos desencontros das viagens, e passeios cancelados.
Súbita tristeza! Na alegria
de encontros nunca recuperados.

Traçados foram retraçados,
setas mudaram de direções,
momentos em silêncio, entalados,
mataram muitos sonhos e ilusões.

O cotidiano acomoda, desprepara,
como um previsto infinito...
Mas quando o imprevisto mostra a cara,
entramos num mundo de aflitos.

Demoramos a nos reencontrar,
incrédulos! Observamos a natureza seguir sua trajetória.
(Em parêntese, tentamos nos achar.)
E voltar, para seguir a nova história.

Pedro Ramalho poeta.
(Membro da Academia de Cultura da Bahia)

Poesia é arte e cultura.

BH, 17/10/20. 17:33 hs
 

Jornal lll



Reportagem no jornal de Buritis, em Belo Horizonte, sobre meu trabalho poético, e meu quarto livro de poesias: "Pássaro Urbano".

Parabéns ao jornalista 

Tiago Rios
 pela excelente reportagem.
Gratidão sempre...

Só falta o seu, compre antes que o pássaro voe. Rsrs

Beijo com poesias,


Pedro Ramalho poeta.


 

Texto do Poeta


Texto do poeta



Estava lendo, me assustei,
um baque no vidro da janela!
Uma pequena mancha.
No chão, um pequenino beija flor.

Uma pontada no coração,
corri para ajudá-lo.
Ele abria o bico tentando se defender,
consegui pegá-lo com cuidado.

Parece que sentiu o meu carinho e consentiu.

Levei para uma pia, abri a torneira, molhei todo seu corpo.

Percebi que uma das asas estava quebrada,
uma lágrima escorreu em meu rosto.
E agora?
Não podia soltá-lo, ia morrer.

Consegui com muita dificuldade e falta de jeito,
imobilizá-la com durex.

Coloquei-o entre vasos com plantas em um ninho improvisado com panos.

Dei-lhe água e uns farelos de pão, bebeu, comeu, e de tão cansado, dormiu.
O sol estava se pondo.

No outro dia, quando acordei,
fui logo vê-lo, estava quietinho,
Agradei-o, sorri, e coloquei mais suprimentos ao seu lado.

Passava horas ao seu lado,
observava principalmente
a asinha.
Acostumávamos, coçava sua cabecinha sem ele reclamar,
andava no pequeno espaço.
E a asinha? Pensava eu.

Após uns dias, de repente! Mexeu as asinhas, fiquei pasmo!
Pois não esboçava dor.

Coloquei ele em minha mão,
tirei com cuidado o durex/gesso, rs.

Soltei-o, ele batia as asas sem parar, como se estivesse testando.

De repente, levantou vôo,
foi até o alto da janela,
parou batendo as asinhas,
olhou para mim, abriu o biquinho e grunhiu como se tivesse agradecendo e dando adeus.

Voou e sumiu, feliz com sua volta a liberdade.

Vivi um momento triste, alegre e belo.
Apenas senti.

Após uns dias, ele voltou para beijar as flores dos vasos de minha mulher.

Ao me ver, parou no ar batendo as asinhas e disse:
"Poeta, a natureza precisa de mim para continuar seu ciclo, mas também precisa de ti, para defendê-la através das suas poesias.

Só temos formas diferentes, mas somos iguais nos nossos objetivos.
A natureza nos ama pois somos interlocutores da liberdade.

Adeus, 
te amo poeta!"

Foi cumprir sua missão com muita alegria.

Adeus meu belo amigo pássaro,
te amo!

Pássaro, amante das flores.
Poeta, amante das inspirações.
Pássaro, voa com suas asas.
Poeta, voa com as asas da imaginação.

Ambos amam e pregam a liberdade.

BH, 05/10//20.


Pedro Ramalho poeta. 

 

Arte com arte




Arte com arte



Sabes pintora, amo tuas criações.
Um dia, melar-nos-emos com tinta de todas as cores, para amarmos rolando numa tela.

Será que sai uma poesia colorida, alegre, com virtudes e defeitos da pintura feita e conduzida pelo amar ela da doce e cheia de arte pintora?

Vamos experimentar!
Topas?
A doce loucura!
Qual cor ficaria?

A cor da mistura da poesia com a pintura, a nossa cor.

Vamos comprovar
minha doce e bela pintora?

"Não, poeta maluco.
Assim, estraga a arte."

Esse estrago, não será o diferente?

Apenas vamos fazer.
Resultados serão as nossas surpresas, vivamos a vida minha pintora, fisicamente, ou física, ou mente.

Podes crer, que no nosso estágio o resultado será o mesmo.

Amo-te, real ou irreal, inteira ou vazia, tudo é vc mesmo! Rsrs.

Beijo tão louco quanto essa doce loucura
com as nuances do por do sol.

Pintora!
És tão bela quanto as flores coloridas na primavera.

Estarei nas tuas telas, ou estarás em minhas poesias?

Magia! Da arte com arte.

Até...



Pedro Ramalho poeta.
(Membro da Academia de Cultura da Bahia)

Poesia é arte e cultura

 

Doce sensualidade



Doce sensualidade


Sensualidade no rosto.
Cabelos escorriam refinados
e acariciavam o teu quente corpo.
Amei, o teu toque ousado.

Gestos tão inocentes!
Observava calado.
Pensei na maçã e a serpente,
mas não existia pecado.

Permaneci longo tempo parado,
como as águas profundas do mar,
O encanto quase ao meu lado,
um sublime apreciar.

Simplicidade da ternura,
momento que devia parar.
Como uma tela com uma divina pintura.
Completa! Só com o olhar.

Pedro Ramalho poeta.
(Membro da Academia de Cultura da Bahia)

Poesia é arte e cultura.

BH, 29/09/20.
01:30hs

Meu quarto livro de poesias já à venda 

 

Olhos tristes da justiça


Olhos tristes da justiça


O olhar denuncia
sua desistência.
A mente vazia,
buscava a ausência.

Julgada culpada,
era inocente.
Sua voz foi calada,
por pressão da serpente.

A alma sofrida,
sem forças, só dor.
Uma vida, sem vida,
a esperança findou.

De repente, uma luz!
Fez voltar a sonhar,
lá estava Jesus,
e o fez levantar.

No rosto, um sorriso,
inocência provada,
de volta ao paraíso,
com a alma lavada.

Estava em outra dimensão
a inocente menina,
já sem mágoas no coração,
após, a justiça divina.


Pedro Ramalho poeta.
(Membro da Academia de Cultura da Bahia)

Poesia é arte e cultura.

BH, 25/09/20 

 

Vamos para a poesia


Vamos para a poesia

O encontro,
tu e eu,
nosso mundo,
no abraço,
o calor,
a sensação,
quase o prazer,
perdemos o momento.
Mais um aperto,
um olhar,
um cheiro, quase atrevido,
um beijo doce,
quase selvagem.
A pilastra esperava,
imóvel e muda.
Nos despedimos,
caminhamos,
olhamos pra trás,
sentimos,
percebemos,
o momento passou.
O local seria consagrado, sagrado!
Guardaria nosso sublime segredo.
Se mais tarde tentássemos, não sei.
Estávamos no momento certo, seria completo.
Hoje, lembranças do que poderia ser.
Não mais igual,
seria diferente,
quiçá, melhor!
Se vier acontecer?
Comeria a maçã, já estava com minha Eva no paraíso!
O pecado seria original!
Oh, lindas e doces loucuras!
Secreta e bela inspiração, vou trazê-la para a poesia, onde tudo pode sem regras e sem censuras.
A liberdade dos pássaros!

Voa infinitamente...
Saudades!


Pedro Ramalho poeta.
(Membro da Academia de Cultura da Bahia)

Poesia é arte e cultura.
BH, 19/09/20.