terça-feira, 27 de junho de 2017

Sinal verde
















Sinal verde



O vestido transparente,
queria avançar o sinal,
almejava o diferente.
Basta! De tudo normal.

Quanta sensualidade!
Um copo com vinho na mão,
à espera, pra matar a saudade,
e aliviar o coração.

Ele, estava chegando,
uma mensagem, a havia enviado .
Teu corpo, aos poucos arrepiando,
difícil ser controlado.

O toque da companhia,
despertou de vez teu desejo,
acordando as secretas fantasias.
Aniquilou de vez o teu medo.

O abraço tão delirante,
fez o vinho derramar no vestido.
A partir daquele louco instante,
sinal verde. Nada seria proibido.


Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)

Poesia é arte e cultura.

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Viver na poesia











Viver na poesia





Como é bom estar poeta,
viver sonhos e ilusões.
Deixar pra trás a vida incerta,
buscar novas emoções.

Viajar com a amante,
destino, o infinito...
E ouvir naquele instante,
a liberdade dar seu grito.

Ver as luzes coloridas,
das estrelas no caminho.
Perceber, que o sentido da vida,
é apenas, disseminar carinho.

Ao terminar a magia,
ainda deitado no leito,
a bela amante da poesia,
relaxava no meu peito.



Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)

Poesia é arte e cultura.

A vida continua viva























A vida continua viva





Céu cinzento, melancolia, 
companhia, a solidão. 
Pensando pra onde ia,
quando parasse o coração.

Absorto, assim ficava...
Mais um café? Interrompeu o garçom.
O seu sorriso, iluminava,
naquele instante, mudei o tom.

Ao desviar a minha visão,
percebi flores tão coloridas. 
Senti novas emoções, 
a vida é viva, após a vida.

Por que viver só de razões, 
que geram tantas incertezas? 
Melhor sonhar com as ilusões, 
lá, não existem fraquezas.

Pego-me com um sorriso.
Peço contente, mais um café,
bem quentinho, meu velho amigo.
Perdi o medo, encontrei a fé.


Pedro Ramalho. 
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)

(Foto: Sebastião Ramalho)

Poesia é arte e cultura.

Mar morados


















Mar morados




A noite de lua cheia, 
deixava o mar prateado.
Suas ondas acariciavam as areias,
e, inspiravam sedentos namorados.

Lábios doces, beijos salgados,
mistura de você com o mar,
um abraço muito apertado,
nossos corpos a esquentar.

Movimentos das ondas, e das ancas,
mantinham a mesma sintonia,
o ruído das águas como um mantra,
neste raro momento, a possuía.

Assim, manifesta-se o carinho,
suavidade que leva-nos às alturas.
A água, por encanto, torna-se vinho,
conduzindo-nos, a mais doce das loucuras.


Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)

Poesia é arte e cultura.

Somos alienígenas?

















Somos alienígenas?



Plantas em harmonia,
nas belas planícies e serras.
Animais em perfeita sintonia,
era o planeta Terra.

Rios e mares despoluídos,
frutos sem herbicidas,
assim, viviam nossos índios,
entre o encanto, e a cantiga.

Flores de diversas matizes,
alegravam o tranquilo ambiente.
Cheiros de terra e raízes,
acalmavam as suas mentes.

O homem branco chegou,
e trouxe a ganância com veemência.
A destruição começou,
a maldade, ceifou a inocência.

Vejamos os dias atuais:
A natureza pede clemência.
Só poluições, conflitos e combates.
Que brilhante inteligência!
Destruir, o próprio habitat.


Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)

Poesia é arte e cultura.

A pureza do amor
















A pureza do amor


Sei do risco que corro,
a fragilidade de ser flor.
A qualquer momento morro,
mas divulgo o amor.

Vivo num espaço entre pedras,
pra chamar atenção,
de quem por aqui trafega,
e despertar-lhe emoção.

Sinto-me, sim, solitária.
Porém tenho um porquê?
Desejo ser solidária,
não importa o Ser.

Só tenho esta vida,
mas, antes de ir daqui.
Desejo amenizar feridas,
de quem passa por aqui.



Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)

Poesia é arte e cultura.

Deusa do amor?























Deusa do amor?


Harmonia e beleza,
sintonia com o mar.
Que divina sutileza!
Na arte, de se mostrar.

Movimentos supremo,
a cada parte do corpo,
ao olhar para Vênus,
já brilhando no porto.

No meio do branco e o azul,
procura a posição planejada,
entre o norte e o sul,
onde corpo, une-se com a alma.

Curvas, e ângulos perfeitos,
de qual paraíso chegou?
Não existe defeito,
será a deusa do amor?



Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)

Poesia é arte e cultura.

Enquanto houver a poesia
















Enquanto houver a poesia



Brasil descolorido,
desbotado pela tristeza,
de um povo muito sofrido,
uma vida de incertezas.

Destruíram a natureza,
o dólar, substituiu a flor.
Vaidade, ganância, e soberba.
Neste trio, não cabe o amor.

Desmatamentos, e muita poluição,
inclusive em nossas mentes.
Políticos roubam a nação,
e bandidos matam inocentes.

Que será das nossas crianças?
A violência, matou a alegria.
Vamos manter a esperança,
enquanto houver a poesia.




Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)



Poesia é arte e cultura.