Hoje estou preto e branco,
procuro, mas não encontro as cores.
Sinto-me um pássaro sem canto,
um amante, sem amores.
procuro, mas não encontro as cores.
Sinto-me um pássaro sem canto,
um amante, sem amores.
Estou entre a noite e o dia,
voando entre o sol e a lua.
Espaço de uma penumbra vazia,
minha alma, sente-se nua.
voando entre o sol e a lua.
Espaço de uma penumbra vazia,
minha alma, sente-se nua.
Vejo pinturas em grafites,
como negativas de fotos,
imagens com rostos tão tristes,
em paisagens sem cores e focos.
como negativas de fotos,
imagens com rostos tão tristes,
em paisagens sem cores e focos.
São florestas queimadas,
os rostos tristes, dos sensíveis.
Caminhamos do tudo pra o nada,
as cores, morreram infelizes.
os rostos tristes, dos sensíveis.
Caminhamos do tudo pra o nada,
as cores, morreram infelizes.
De repente, acordei.
Vi e ouvi cores e pássaros cantando.
Alegre e triste fiquei,
ao perceber o planeta gritando.
Vi e ouvi cores e pássaros cantando.
Alegre e triste fiquei,
ao perceber o planeta gritando.
Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura
da Bahia)
(Poeta, membro da Academia de Cultura
da Bahia)
Poesia é cultura. Beijos.