domingo, 5 de julho de 2020

Entre a presença e a ausência



















Entre a presença e a ausência


Ausente, sinto sua presença,
arrepia todo meu corpo,
e, no vazio, entre a presença e a ausência,
beija suavemente o meu rosto.

Sabe que sou toda sua,
conhece-me cada pedaço,
deixa-me no mundo da lua,
aos poucos me enlouquece.

Embebeda-me de prazer,
sou sua loba faminta.
Misture-me com você,
e perceba a loucura que pinta.

Entramos no ritual da paixão,
abraço forte, o você que está em mim.
Ofegantes, explodem nossas emoções,
levando-nos, a um gozo sem fim...


Pedro Ramalho poeta.
(Membro da Academia de Cultura da Bahia)

Poesia é arte e cultura.
BH, 31/05/2020.

Súplica de uma inspiração





















Súplica de uma inspiração


Poeta, porque tão tristonho?
O papel vazio? Mas a caneta está cheia.
Desperte os meus sonhos,
não deixe a beleza ficar feia.

Preciso da sua magia,
oh! Feiticeiro das letras.
Avive minhas fantasias,
a realidade está preta.

Sou sua inspiração.
Quero passear no infinito,
libertar minhas emoções,
e liberar os contidos gritos.

Meu lado humano está morrendo,
a sensibilidade não vem.
Quando não está escrevendo,
meu amor, morre também.

Poeta, não me deixe morrer.
Alimente minha alma vazia,
seus versos me fazem acender.
Meu viver, é estar na poesia.



Pedro Ramalho poeta.
(Membro da Academia de Cultura da Bahia)

Poesia é arte e cultura.

BH, 29/05/2020.

Sem sentido



















Sem sentido


Uma troca de olhar,
despertou o amor,
naquele pequeno lugar,
estávamos num elevador.

Pegamos no último andar,
o espaço muito lotado,
sentia o seu respirar,
corpos quase colados.

Pensei, logo mais irá sumir.
Minha boca colei em seu ouvido, mas não podia falar.
Percebi seus lábios a sorrir,
parecia ouvir, o meu desabafar.

A porta logo se abriu,
sutilmente tocamos as mãos,
um olhar de adeus, e saiu.
Entristeceu meu coração.

Cheguei em casa chorando,
de volta ao meu pequeno mundo.
Imagino, o que ela estará pensando!
Não sabia, que eu era MUDO.

"Percebi em seu olhar, o amor,
sinto uma tristeza profunda.
O que em meu ouvido ele falou?
Não sabia, que eu era SURDA."


Pedro Ramalho Poeta.
(Membro da Academia de Cultura da Bahia)

Poesia é arte e cultura.
 

Parte da arte l



















Parte da arte l


Na pintura da tela,
a sensualidade escorria,
aguçava na bela,
a sua fantasia.

Ficava horas a olhar,
aquela arte, na arte,
de tanto observar,
imaginava-se fazer parte.

Uma noite sonhou,
que entrava na tela,
cheia de cores ficou,
sentiu que era ela.

Aquele homem a tocou,
enlouqueceu de desejo,
ali mesmo a amou,
e à acalmou com seus beijos.

Assustada, acordou.
Estava toda pintada,
e quando pra tela olhou!
A mulher não estava.


Pedro Ramalho poeta.
(Membro da Academia de Cultura da Bahia)

BH, 19/05/20.

Poesia é arte e cultura.
 

Medo do novo











Medo do novo


Livres, porém presos,
dentro das nossas redomas,
o novo nos mata de medo,
a vida é mesmo um nada.

Cercados por informações,
às vezes tão antagônicas,
nas mentes só confusões,
deixando nossas almas atônitas.

O tempo quase não passa,
parece que anda doente.
Crianças brincam sem graça,
esperando resposta da gente.

Meu Deus! Quantas incertezas,
tudo tão inesperado.
Que não falte o pão nas mesas,
e que o presente, seja logo passado.

Que devemos fazer,
após esta terrível pandemia?
Simplesmente viver,
com amor, paz e harmonia.



Pedro Ramalho poeta.
(Membro da Academia de Cultura da Bahia)

Poesia é arte e cultura.

BH, 26/04/2020.
 

Falando sério l















FALANDO SÉRIO l



Há esperança.
Enquanto anda a criança,
sobre estes dias caídos,
de um futuro perdido,
ceifado pelas corrupções,
de políticos sem corações.

São apenas funcionários,
mas agem como mandatários,
de bens que não lhes pertencem.
Despertaram algo na gente,
não vamos aceitar nunca mais,
ou, não os deixaremos paz.

Queremos um país novo,
onde quem manda é o povo,
consciência sempre ativa,
assim curaremos as feridas,
até cicatrizá-las.
Ninguém jamais nos cala.

Arrasaram nosso passado e presente,
mas o futuro será dos nossos descendentes.
Mais justos, mais cultos, e em paz,
corruptos, não, nunca, jamais.

Agora que a farsa caiu,
mostra sua força BRASIL,
e, junto devolva-nos ligeiro,
o orgulho de ser brasileiro.



Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)

Poesia é arte e cultura.

Tentação

                                   Tentação



Toalha enrolada,
cabelos molhados,
pele arrepiada,
sentou-se ao meu lado.

Olhar provocante,
desperta o desejo,
excita o instante,
apimenta com um beijo.

Deixou-me decidir,
entre o pecado e a ternura,
sua boca a sorrir,
oh! Que doce loucura.

Abraço-a selvagemente,
rolamos no chão,
corpos ardentes,
é o amor com paixão.


Pedro Ramalho poeta.
(Membro da Academia de Cultura da Bahia)


Poesia é arte e cultura.                                            

O povo quer um novo Brasil














O povo quer um novo Brasil



Presidente quase impedido,
pelos políticos ladrões.
O Supremo a soltar bandidos,
que o Moro mandou pra as prisões.

Um governador podre no Rio,
onde traficantes matam sem dó.
A outrora capital do Brasil,
hoje, cidade do pó.

Matam índios no Maranhão,
cultura do coronelado,
Sarney dono do chão,
a ignorância é seu legado.

Pra os partidos, são repartidos,
propinas dos maus empresários e banqueiros.
E o povo reprimido,
com o seu próprio dinheiro.

Oh! Povo vamos lutar,
só temos esta solução,
ir pra rua reivindicar:
Prisão em segunda instância, acabar com a imunidade, e uma nova forma de educar.

A grande imprensa pirata,
vive em função de si,
após perderem a mamata.
Estamos com Gen. Heleno,
basta! FODA-SE!


Pedro Ramalho poeta.
(Membro da Academia de Cultura da Bahia)

Poesia é arte e cultura.
 

Amarginação













Amarginação


Entre seus lábios e a flor,
zona do doce pecado,
de longe sinto o calor,
mesmo não estando a seu lado.

Vejo o seu olhar de desejo,
que ansioso espera explodir,
ao toque de um aconchego,
que a brisa leva de mim.

Sinto que seu coração,
começa a disparar,
a mente perde a razão,
o que importa é amar.

Sinta meu beijo selvagem,
encostada na parede,
viaje na minha viagem,
mate aos poucos sua sede.



Pedro Ramalho poeta
(Membro da Academia de Cultura da Bahia)

BH, 26/02/20.
Poesia é arte e cultura.

A inspiração do poeta


















A inspiração do poeta



O seu cheiro impregnado na brisa que vem do sul, denuncia o segredo da sua presença, sinto-a.

Fecho os olhos e vejo seu belo rosto, moldado pelos cabelos tocando na pele quente e macia.
Seu olhar encantador, suas belas e sensuais curvas que levam ao paraíso.

Para, instante!

Quero beijar os lábios da Deusa Eva, doce como a uva.

Sentir o vinho derramado em seu corpo divino, e bebê-lo até sair da razão, onde há muito não estou, e amá-la até chegar
ao prazer infinito...

Sei que depois pagarei meu pecado.

Mas, se amar assim é pecado,
o castigo é irrelevante.

Agora, após o relaxamento, uma paz penetra no âmago da minha alma.

Vejo-a levantando o rosto que descansava suavemente em meu peito, beija minha boca com ternura, sorri, e vai divagar pelo espaço a espera da próxima poesia.

Deixando um imenso vazio e uma saudade sem fim.

Minha mais doce e bela inspiração.

Amo você sempre...



Pedro Ramalho poeta.
(Membro da Academia de Cultura da Bahia)

BH, 24/02/20.

Poesia é arte e cultura.

Última década
















Última Década


Tudo será devagar,
quase em câmera lenta.
Deixarei o clima rolar,
o desejo aos poucos aumenta.

Deitarei em teu belo corpo,
pra não levantar nunca mais.
Ficarei contemplando teu rosto,
pra não esquecê-lo jamais.

Olharei as flores em botões,
para acompanhar o desabrochar.
Sentirei o cheiro do chão,
após a chuva fina passar.

Ouvirei um pássaro treinar seu canto,
num canto, até aperfeiçoar.
Observarei o momento do encanto,
do encontro do sol com o mar.

Acompanharei as marcas do meu rosto,
sentirei a lentidão dos meus passos,
a falta de mobilidade em meu corpo,
a caminho mais perto do deslaço.

O tempo de longe sorri,
eu grito pedindo mais tempo,
ele diz não para mim,
e acrescenta: "Assim deixo de ser tempo."

Já com o olhar embaçado,
observei a liturgia noturna dos vampiros.
Encostarei suavemente a teu lado,
e, sorrindo, darei meu último suspiro.


Pedro Ramalho poeta.
(Membro da Academia de Cultura da Bahia)

BH, 03/01/20.
O2:03hs

Poesia é arte e cultura.
 

sábado, 4 de julho de 2020

Sinal pelo espelho



















Sinal pelo espelho


O beijo manchou de vermelho,
com seus lábios sensuais,
era um aviso no espelho,
que não suportava mais.

Um sorriso iluminado,
por estrelas do céu da boca,
Um olhar apaixonado,
o desejo a deixava louca.

Encostou o seu monte,
quente como um vulcão,
cavalgou entre minhas frontes,
logo entrou em erupção.

Abraçou meu corpo faceiro,
pedacinhos de sensações,
é o gozo por inteiro,
clímax das emoções.

Um grito surgiu da alma,
ao também sentir-se amada.
Após, uma envolvente calma,
estava entregue, e relaxava.


Pedro Ramalho poeta.
(Membro da Academia de Cultura da Bahia)

Poesia é arte e cultura.

Falta amor



Falta amor

Dia a dia sem graça,
por onde anda, oh vida!
Uma liturgia que mata,
mais que que bala perdida.

Tudo tão passageiro,
tempo depressa a passar.
Viver, só momentos inteiros,
não podemos esperdiçar.

O teu fim no início,
não a tem deixando sonhar.
Seguro teus cabelos e insisto,
meu amor, vai te salvar.

Explosões em gotas,
uma lágrima no rosto a rolar,
minha boca procura tua boca,
meus beijos a fazem calar.


Pedro Ramalho poeta.
(Membro da Academia de Cultura da Bahia)

Poesia é arte e cultura.



Eterna poesia

Eterna na poesia


A beleza singela do gesto,
um olhar tenro e vazio.
Após desabafar em protestos,
dos desmandos do nosso Brasil.

O momento foi esticado,
existem poucos assim.
O tempo, deu um tempo parado.
É o bom, destruindo o ruim.

Imagem, essência da pureza,
preciso tocar em teu rosto,
sentir tua pele de Deusa,
e o arrepio do teu corpo.

Logo estarei aí,
a paixão em meu peito ardia,
e para jamais partir,
a eternizarei na poesia.



Pedro Ramalho poeta.
(Membro da Academia de Cultura da Bahia)

Poesia é arte e cultura.

Obs: Foto inspiração, minha
bela prima Márcia Ramalho

Sempre tua






















Sempre tua



Ame, mas ame pra valer
entregue-se com a alma,
senão jamais vai saber,
quanto o amor nos acalma.

Abrace com muita emoção,
aperte seu corpo no dela,
coração com coração,
a imagem é tão bela.

Acaricie o teu corpo,
sinta da tua fêmea, o cheiro,
fite teus olhos, segure firme teu rosto,
beije tua boca molhada, após acaricie todo o teu corpo.

Assim terá uma mulher,
Ser sensível, adora atenção,
trate o melhor que puder,
será sempre tua, eterna paixão.



Pedro Ramalho.
( Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)


Poesia é arte e cultura

Mudança da luz



















Mudança de luz


Puro momento sagrado,
o belo e a reflexão.
Observo tudo calado,
por dentro pura emoção.

O sol carrega a alegria,
com ele também vão as cores.
Mas deixa sutil melancolia,
para lembrar dos doces amores.

A penumbra começa a chegar,
e com ela a noite serena.
Estrelas começam a brilhar,
e as mentes se tornam amenas.

À noite com seu lindo luar,
mexe os amores e paixões.
É tão grande a vontade de amar,
que transcende os nossos corações.


Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)

Poesia é arte e cultura.

( Foto: Suêd Almeida)

Resposta a dor

Resposta a dor


Ficção ou realidade?
Quanto a dor, porque eu?
Será que gostas de mim, ou sabes que sou osso duro de roer?

Bates-me! Mas apanhas.
Talvez venhas mais em mim, para calar-me.

Queres meu silêncio, a subserviência, oh! Sádica dor.

Mas, cada vez grito mais alto, estás perto de desistir de mim.
Quiçá já tenha desistido, passas olhando-me apenas para me intimidar.

Sabe dor, aprendi muito com ti, sei que este é o teu papel neste teatro da vida.

Fizemos as pazes, as vezes pego-me sorrindo de ti, deram-te uma função tão ingrata, e com raiva fostes além.

Ganhastes o Oscar de coadjuvante, mas ficastes azeda, quando soube que o Oscar de melhor ator foi ganho por mim.

Comeces a experimentar teu próprio veneno.
Deixes-me em paz para sempre.

Pedro Ramalho Poeta.  

(Membro da Academia de Cultura da Bahia)

Poesia é arte e cultura.                           

                                                      

Pequeno segredo




















Pequeno segredo


Meu pequeno segredo,
curto com coração,
inocente desejo,
uma flor em botão.

Pra o impossível possível,
a distância inexistente,
nivela o desnível,
a magia existe.

Quero acariciar,
o teu belo rosto,
teus poros arrepiar,
cada pedacinho do corpo.

Apenas um beijo na boca,
abraçar-te e partir.
Contenho a vontade louca,
até em flor se abrir.


Pedro Ramalho poeta. 
(Membro da Academia de Cultura da Bahia)

Poesia é arte e cultura.
 

Esquenta-me











Esquenta-me


Noite fria, na cama,
deitada sobre o lençol de linho.
Dengosa, me clama,
derrame em mim este vinho.

Quero que beba meu corpo,
esquente eu e você,
prove e sinta o meu gosto,
deguste com muito prazer.

Faça meus seios de taça,
passe os seus lábios macios,
adoro quando me amassa,
minha pele é só arrepio.

Estou a delirar,
êxtase do desejo,
pra sempre continuar,
sem censuras e sem medos.


Pedro Ramalho poeta 
(Membro da Academia de Cultura da Bahia)

Poesia é arte e cultura.
 

Reflexão...mente...infinito...

                                Reflexão...mente...infinito...



Busco incessantemente respostas.

Imagens criando formas, luzes a brilhar, deuses e deusas começam a chegar.

Sinto-me minúsculo, sem forças, sem ar, desintegrando-me...

Meu corpo começa a desmaterializar-se, escuro, o nada.

Não é sua hora, volte.
Ordenam as deusas em cânticos,
percebo minha alma juntar-se com
pedacinhos de amor.

De volta, cheguei, mais leve, mais sábio,
mais parte dos deuses em mim.

Aprendi,

Até mais infinito...

Beijos sem fim...

Pedro Ramalho poeta.
  

(Membro da Academia de Cultura da Bahia)

Poesia é arte e cultura.                                                

Psicopoesia

                                   Psicopoesia


Em que pensas menina!
Talvez no meu pensar.
Há algo que não a anima,
no que pretendes falar?

Cheguei com meus problemas.
Mas ao vê-la tentei mudar,
escondê-los a dura pena,
pra tentar te enganar.

És mulher e psicóloga,
sabes tão bem interpretar,
percebeu que não está sólida,
a mente que propões ajudar.

O meu método falhou,
aqui, não estou poeta.
Sim, um homem com dor,
uma alma inquieta.

Problemas que já tratou.
A cura veio do teu olhar,
ao transmitir paz e amor,
fez minha mente acalmar.

Guardo-a. Oh! Minha bela inspiração.
Um dia a terei na poesia.
Cumpriu a tua função,
estava em ti, o que queria.

Pedro Ramalho poeta
(Membro da Academia de Cultura da Bahia)

Poesia é arte e cultura.

Agradeço a foto inspiração da amiga e psicóloga Carla Castro Campos, a qual dedico a poesia.

BH, 17/05/2019.
  

A poesia e a brisa


A poesia e a brisa


Amo-te como a brisa.
Sei que existes,
sinto tuas carícias, teu cheiro, mas não a tenho.

Poesia, amas a liberdade, tanto quanto o poeta.
Encontro-a pelos caminhos da brisa do outono, onde vivemos momentos apoteóticos.

Depois, o silêncio e o vazio envolvem-me.
Lágrimas escorrem em meu rosto.
A brisa, volta.
E, docemente enxuga um lado da minha face.

E tu poesia?

Chegas chorando, encostas o rosto do outro lado da minha face.
Abraças-me, desnuda-se, e entrega-se totalmente.

Após beijar-me, sussurra
em meu ouvido:

"Poeta, como deixá-lo?
Sou fruto da sua inspiração.
Oh m
eu criador! Sou a tua doce criatura,
completamo-nos infinitamente...

Vamos semear sementes do nosso amor através da brisa?"

Pedro Ramalho poeta.
(Membro da Academia de Cultura da Bahia)

Foto inspiração: Amiga Marjori Freitas Freitas
 .

Desumanizamos?


Desumanizamos?


Conhecimentos a mil,
máquinas quase perfeitas.
Filhos extremamente frios,
verdadeiros bebês de proveta.

Destruíram a mãe natureza,
e a cultura dos avós.
Padronizaram a beleza,
e criaram super heróis.

Maus caracteres, ordinários,
criaram sementes mutantes.
deixando orvalhos e lágrimas,
cada vez mais distantes.

A brisa que vinha do mar,
ficou no meio do caminho,
e entre concretos chorou.
O humano do Ser, sucumbiu.


Pedro Ramalho poeta.
(Membro da Academia de Cultura da Bahia)

Poesia é arte e cultura.

Fim





Fim


Procuro a outra parte de mim,
sem pistas, totalmente perdido.
Não sei o caminho a seguir,
quiçá, o outro eu, já tenha morrido.

Lembro-me de ver-me partindo,
mas, não dei-me adeus,
tinha brigado comigo,
eu, separando-me do eu.

Sinto-me como um zumbi,
a alma separada do corpo.
De repente! Num espelho me vi.
Estava de um lado, e do outro.´

Sorri, para meu rosto triste,
percebi que me dividi!
O outro eu, não mais existe.
Compreendi! Nosso encontro era o fim.


Pedro Ramalho poeta.
(Membro da Academia de Cultura da Bahia)

Poesia é arte e cultura.
BH, 27/02/19.


Saindo da lama



💚💛Saindo da lama



O lamaçal da corrupção materializou-se,
arrastando indefesos e inocentes.
A grande mídia calou-se,
ao receber maçãs da serpente.

Surgiu um novo Messias,
e ajuda de Israel.
O que a serpente temia,
ares novos no céu.

Com eles, vacinas demais,
contra o poderoso veneno,
injetadas através das redes sociais,
o mal foi enfraquecendo.

A sociedade acordou,
e justiça exigiu.
Cadeia pra que roubou,
nasce um novo Brasil.


Pedro Ramalho poeta.
(Membro da Academia de Cultura da Bahia)

Poesia é arte e cultura.

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