O troco

Carteiiiiroooo! Gritou o homem na calçada,
ao ouvir, caminhei em sua direção.
Entregou-me uma caixa quadrada,
recebi,assinei, e fechei o portão.

O que terá nessa caixa?
Não estava pesada.
A remetente era Maria das Graças,
sorri, dessa não me lembrava.

Abri o papelão com uma faquinha,
dentro, uma linda caixa amarela.
Pensei: Como elas são tão bobinhas!
Mas, tinha outra caixa dentro dela.

Aquilo me aborreceu,
na outra, um bilhete recente:
"Pra você que já me esqueceu,
rsrs, esqueci de colocar o presente."

Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)

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Café com leite

Adoro um cafezinho,
papear com os amigos.
Um descontraído tempinho,
tão alegre e divertido.

As vezes falamos sobre negócios,
ou conselhos de família.
Mesmo num tempo só nosso,
o café faz maravilha.

Ativa a mente criativa,
sempre nos deixa ligado.
Após uma deliciosa comida,
o cafezinho é sagrado.

Por causa de uma gastrite,
pedi um suco e uma colher.
Ao ver-me um pouco triste,
chegou junto uma mulher.

Era a bela garçonete,
disse-me: Sei o que tens e o que quer.
Mostrando-me os seios com frete,
sorriu... Com leite, podes, tomar café.







Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia da Cultura da Bahia)


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Menina, como não te amar?

Menina, como não te amar?






A cor e a serenidade,
teus olhos lembram o mar.
Simples, sem vaidades,
menina, como não te amar?

Cabelos dourados como o ouro,
a pele, cor do luar.
O coração é o teu tesouro,
menina, como não te amar?

Tens uma boca linda e sensual,
sorris, pra disfarçar.
Se és real ou irreal,
menina, como não te amar?

Quando beijei o teu rosto,
senti que ia pecar.
Teu corpo colado ao meu corpo,
menina, como não te amar?

Não és a inspiração,
sim, a própria poesia no ar.
Levaste meu coração,
menina, como não te amar?






Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)

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Fetiche de uma paixão

Sentado em uma confortável poltrona,
estávamos a conversar.
Tu encostadas na cama,
e eu a ouvindo falar.

Após umas taças de vinho,
e a madrugada a chegar.
Falavas sobre amor e carinho,
pensava... Ao te observar;

"Teu belo pé, um lençol branco e uma flor,
fetiche de uma inesperada paixão.
Assim começa um amor,
que explode de emoção".

Ela sentiu meu desejo,
e, retribuiu com um olhar.
Um abraço e um selvagem beijo,
passamos a nos amar.






Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)



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Não te vejo, mas te sinto

Absorto... Na janela,
a vista faz-me lembrar.
Momentos tão lindos com ela,
antes de nos deixar...

Um lugar sossegado,
mas a beleza está triste.
Sem ela presente a meu lado,
o tudo não mais existe.

Ah! Melancólico entardecer,
suas cores parecem desbotadas.
Estou vivo, sem viver,
minha alma permanece calada.

Sempre chegas com o vento,
acaricia-me, eu permito.
Ouço-te no silêncio,
não te vejo, mas te sinto.






Pedro Ramalho.
(poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)



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Gotas de poesia

A chuva me fascina,
deixa-me reflexivo.
És a água que vem de cima,
o meu melhor sedativo.

Cai das nuvens, simétrica,
o vento a torna temática,
em formas geométricas,
desafiando a matemática.

A terra te suga com amor,
e, libera em cheiro o agradecimento.
Abrandes o forte calor,
esfriando o asfalto e o cimento.

O teu choque nas vidraças,
transforma-a em gotas, e escorrem
como as lágrimas esparsas,
das emoções que jamais morrem.

As poças, viram espelhos espalhados pelas ruas,
que refletem as luzes coloridas em magia.
Tua transparência não nos deixa ver-te nua.
Chuva! São gotas recheadas de poesia.






Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)




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Entre a lei e a paixão

A delegada chegou mais sorridente,
era uma mulher muito linda.
Sentou-se e chamou a escrevente,
queria falar de sua vida.

Eram há muito, amigas,
disse-lhe: Estou apaixonada.
Conheci-o após a saída,
do expediente a semana passada.

É um homem maravilhoso,
sabe tratar uma mulher.
Gentil, bonito e charmoso,
conversamos em um café.

Andamos de mãos dadas,
fizemos amor dentro do carro.
Seus gestos me deixou animada,
com esse eu me amarro.

De repente, chamada de urgência,
tumultos em uma manifestação.
A equipe em diligência,
sai para cumprir a missão.

Chegaram rápido ao local,
policiais, trabalhadores e gritos.
Doutora pegamos o líder principal,
conseguimos abafar o conflito.

Batemos nele um pouco,
está muito ensanguentado.
Ao mostrarem seu rosto,
uma lágrima, era o seu doce amado.

Entre a lei e a paixão.
Liberem esse homem com urgência.
A razão perdeu pra o coração.
É um agente de nossa inteligência.





Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)


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Viagem para o sem fim...

Rosto com rosto colado,
o por do sol a contemplar.
Beleza por todos os lados,
fascinante aquele lugar.

Teus olhos refletem o dourado,
das últimas cores do dia.
Um brilho tão mágico e encantado,
via algo que não existia.

A penumbra com a noite chegando,
mostrava teus contornos atrevidos.
Meu lábios nos seus encostando,
acendia o desejo contido.

Rolamos entre gramas e flores,
sentia-me dentro de ti.
Espasmos em ondas de amores,
levou-nos com o sol pra o sem fim...

Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)

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Pesadelo

Sinto a visão deformada,
vejo cores, descoloridas.
Perto, não vejo mais nada,
acho que é o fim da vida.

Ouço o som distorcido,
barulhos estão misturados.
Parece dentro do ouvido,
fora não ouço mais nada.

O grito já não sai mais,
minha fala silencia.
sinto que vou cair,
e uma enorme asfixia.

Desabo de vez no chão,
não sinto mais dor.
Parou o coração,
Ufa! O pesadelo acabou.

Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)

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Amar na poesia

O amor verdadeiro estar raro,
perdemos a sintonia.
Tentar, muitas vezes sai caro,
vamos amar na poesia.

Buscar o lado encantado,
desprender as emoções.
Viver sempre apaixonado,
em um mundo sem razão.

Vivenciar nossas fantasias,
em nossos momentos mágicos.
Danças, amores, magias,
navegam no mesmo barco.

Ao sentir uma atração,
entregue-se a imaginação.
Use e abuse do virtual,
depois tudo volta ao normal.






Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)


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Dança da paixão

Adoro ver-te dançar,
quando de vestido vermelho.
Pernas em movimentos no ar,
soberba, a tua imagem no espelho.

Velas nos castiçais,
duas taças com vinho.
Teus lábios sensuais,
encostam nos meus com carinho.

Após, saís em disparada,
paras tão de repente.
Voltas correndo e suada,
e abraça-me com o teu corpo quente.

Empurra-me com força no chão,
aumenta o ritmo da dança.
Desejos em explosão,
um beijo selvagem a amansa.

Abraço teu corpo ardente,
sinto teus movimentos.
Como a dança do ventre,
chegamos ao nosso momento.





Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)




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Olhar da paixão

A festa rolava no grande salão,
observava solitário da varanda.
Danças, sorrisos, emoções,
no ritmo quente da banda.

Ouço passos ao meu lado,
era uma mulher de burca.
Teu olhar me deixou fascinado,
imaginei: como será o rosto dessa turca?

Fixou o olhar e saiu,
impactado, não pude conversar.
Procurei-a por todo o salão.sumiu!
Apaixonei por aquele olhar.

Fui embora pensando,
a turca não saía de minha cabeça.
A imaginação alimentando,
quiça, no sonho apareça.

O instante ficou em minha mente,
resolvi em um restaurante turco entrar.
A música envolvia-me suavemente,
um garçom indicou onde sentar.

Perguntou o que queria comer,
por intuição olhei pra entrada,
gelei por dentro ao ver,
uma mulher com burca chegava.

Será ela? Minhas pernas tremiam,
veio em minha direção,
nossos olhares cruzaram,
acelerou meu coração.

Sim, mas estava acompanhada,
por uma elegante senhora.
Minha testa estava suada,
procurei ar fresco lá fora.

Já quase refeito,
vejo um vulto se aproximando.
A luz foi o tornando perfeito,
era o sonho se realizando.

Disse-me com muita polidez:
Apaixonei-me por ti,
quero ver-te outra vez,
depois daquele olhar, nunca o esqueci.

E, olhando o meu olhar,
suspendeu aquele véu.
Beijou minha boca bem devagar,
senti que estava no céu.

Teu rosto era tão belo,
sorriu, e deixou o celular,
de longe um adeus singelo,
o amor veio pra ficar.







Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)


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Une em versos

O som da chuva nas telhas,
cheiro da terra no ar.
Ao meu lado, uma rosa vermelha.
Deixastes, ao sair devagar.

Ah! Que gostosa sensação,
lembrar nossa noite de amor.
O vinho, o vermelho e a sedução,
bebemos a cor da paixão.

Poesias, cânticos e danças,
aplausos, sorrisos e beijos.
Gozos onde o limite não alcança,
matamos de desejo, o desejo.

Um despertar de rara beleza,
com doces mimos e presentes,
a flor, a chuva e os cheiros da natureza.
O amor é a sintonia do universo com a mente.






Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)

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Poesia é cultura.

Acabou...

Fala demais em meu ouvido,
morde-me sem parar.
Vivo brigando contigo,
mas não consegue parar.

Passo noites acordado,
você pegando em meu pé.
O sono derruba-me acabado,
Aproveita, e faz o que quer.

Vou trabalhar já cansado,
sorriem muito de mim.
meu corpo está tão pintado,
que me chamam de carmim.

Na volta, comendo pipoca,
um estalo! Vai ver o que é bom,
sua malvada muriçoca.
Estou levando detefon.

Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)

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Não me deixes

O tempo parece não passar,
a mente entra em turbilhão.
Porque não atende o celular?
Agora afliges o coração.

Procuras um canto isolado,
começas a orar bem baixinho.
Promessa, fazes ao Deus sagrado,
queres teu amado inteirinho.

Lágrimas descem em teu rosto,
só ele, ocupa a tua mente.
Dores por todo o teu corpo,
sentias algo diferente.

O celular começa a tocar,
quase não consegues atender.
Era ele, estava a avisar:
Amor, acabei de nascer.

Fiques totalmente tranquila,
logo estarei aí contigo.
O carro foi guinchado pra oficina,
e, nada de grave aconteceu comigo.

Chorando, o viu entrar ainda sem jeito,
Empurrou-o contra a porta para que se feche.
E disse-lhe com a cabeça no seu peito:
Não me deixes, não me deixes, não me deixes...




Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)




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A poesia e o poeta

Hoje não tem poesia,
acompanha-me a solidão.
Minha alma sente-se vazia,
agonizam-se as minhas emoções.

"Como não tem poesia?
Ah! Meu doce poeta.
Trouxe-lhes uma flor e a alegria,
Com elas, a inspiração se liberta."

Mas que és tu?
Tens uma voz delicada,
linda, vestida de azul,
pareces uma serena fada.

"Poeta, sou tua poesia,
somos cúmplices de longe.
Não vivo sem tua magia,
és poeta, e, não monge."

A gargalhada foi tão alta,
que ecoou no universo...
Já com a caneta e a pauta,
escrevia os novos versos.






Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)



Meus segundo livro de poesias, agora em fevereiro.
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Poesia é cultura. Beijos.

 

Sedução

Olhar tão sedutor,
batom e vestido encarnado.
Atenção, já despertou,
sentia teu corpo desejado.

Sentou-se com muita classe,
um cruzar de pernas sensual.
Atraente fascínio na face,
uma mulher especial.

Decote muito ousado,
charme ao se ajeitar no espelho.
Homens encantam-se a teu lado,
disputam ser seu parceiro.

A boina preta de lado,
com uma taça de vinho na mão.
Mordidinhas insinuantes nos lábios,
o belo jogo da sedução.






Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)



Meu segundo livro de poesias, em fevereiro 2015.
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Desafio

O seio coube na taça,
derramando o vinho em teu corpo.
Ela, gargalhava com graça,
ao ver espanto em meu rosto.

Tinhas vencido o desafio,
uma prenda eu tinha que pagar.
Teu corpo um vermelho rio,
fui obrigado a mergulhar.

Beber gota por gota,
escorriam de várias maneiras.
Colocou o outro seio na taça,
formando uma cachoeira.

Gritos, não de socorro,
corpo todo a tremer.
Poeta, assim eu morro,
matas-me de prazer.

Pedro Ramalho.
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Somos hum

Nas asas da imaginação,
voo pra perto de ti.
Do alto a bela visão,
o paraíso é aqui.

Vou começando a descer,
imóvel, pareces uma pintura.
Minha mente tenta esclarecer,
é sonho? É loucura?

Abriu os olhos e sorriu,
não sentiu-se perturbada.
No alvo você caiu,
eu sou a tua bela amada.

Somos amantes da imaginação,
nos foi liberado o prazer.
Unidos pela força da paixão,
devore-me, eu sou parte de você.






Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)

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Inspira cão

Existe imagem mais pura?
O nosso amigo fiel,
dormindo com tanta ternura,
parece um anjo do céu.

Descanse meu doce amigo,
companheiro em todo momento.
Estás sempre comigo,
na alegria ou no sofrimento.

Fico de longe a te observar,
aprendo tanto contigo.
Dizem que não sabes pensar,
mas disso aí eu duvido.

Me entendes como ninguém,
apenas com o olhar.
És meu confidente também,
sabes ouvir e calar.

Pra mim, nunca estás cansado,
sempre o rabinho balançando.
Por amor, fazes tudo calado,
adoro te ver descansando.







Pedro Ramalho.
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Amor doce e selvagem

Toco suavemente em seu corpo,
sinto seu delicioso cheiro.
Beijo suavemente seu rosto,
acaricio seus macios cabelos.

Aos poucos vais relaxando,
os poros suplicam carinho.
A brisa adentra refrescando,
o aconchego do nosso ninho.

Mais que de repente,
pego em sua linda face,
beijo sua boca sedente,
mordo-a em todas as partes.

Abraças-me com toda sua força,
no espelho vejo sua imagem,
o desejo, a deixas louca,
como uma fêmea selvagem.

Agora, só movimentos,
corpos suados, e gemidos.
Orgasmos em ondas, sem tempo...
Em êxtase, todos os Sentidos.

Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)

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Poesia é cultura. Beijos.

Despedida

Da cidade se afastando,
as luzes parecem se despedindo.
Na garganta um nó se formando,
lágrimas no rosto caindo.

No espelho das águas do mar,
vejo minha vida passando.
Absorto, a vejo passar,
sinto que ainda a desejo.

A barca agora distante,
apenas um fraco clarão.
Meu coração palpitante,
sentia a dor da paixão.

Quiça começar nova vida,
sentimentos despedaçados.
Cicatrizar minhas feridas,
passar um tempo calado.

Talvez num novo verão,
totalmente recuperado.
Encontre uma nova razão,
que deixe-me apaixonado.

Pedro Ramalho.
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(Foto: Pedro Ramalho.)

Poesia é cultura. Beijos

Tem jeito?

O sorriso parecia tão alegre,
mas o olhar denunciava quase tudo.
Detalhes que alguns não percebem,
pois o foco, não é o conteúdo.

Vivemos num mundo superficial,
manipulado fácil, por não ter raízes.
O importante é o bem material.
A alma? Sempre triste e em crise.

Os sentimentos estão banalizados,
a mídia valoriza as grandes marcas.
A natureza e o ser humano, totalmente desprezados,
por um poder que vive de trapaças.

A natureza está descolorindo,
a água começa a nos faltar.
Por ganância, o homem vai destruindo,
e nem percebe que estar a se matar.

Tem jeito? Só com conteúdo,
ou, através da força do amor.
Uma educação qualitativa acima de tudo,
e, ajudar o próximo a curar sua dor.






Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)


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Poesia é cultura. Beijos.

Amante perfeito

Ainda dormindo,
após ser amada.
A alma sorrindo,
em paz, relaxada.

Estou a sair,
não posso ficar.
A claridade a surgir,
o marido a chegar.

Visto-me ainda,
ajeito-me no espelho.
A imagem é tão linda,
você de vermelho.

Uma flor a teu lado,
é a minha despedida.
Outro encontro marcado,
assim é nossa vida.





Pedro Ramalho.
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Amor infinito...

O silêncio, alguns acalmam,
outros ficam aflitos.
Depende do estado da alma,
se em paz ou em muito conflito.

Em paz e com o toque da brisa,
acariciando todo o meu corpo.
Sinto-me quando sua mão desliza,
suavemente agradando meu rosto.

Pedaços seus vêm com ela,
junto também trás o seu cheiro.
Adentram pela aberta janela,
e penetram em meu corpo inteiro.

Abraço-me, mas sinto você,
beijando-me com sua boca quente.
Sua forma começa a aparecer,
o universo a fez presente.

Ele conspira a favor dos que amam.
Através de atalhos, um ao outro conduz.
Não importa o tempo ou onde estamos,
transforma nossas almas em uma só luz. 







Pedro Ramalho.
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Menina Sapeca

Menina sapeca
da cara atrevida.
Jogava peteca
sorria pra vida.

Com todos brincava,
era pura alegria.
Enquanto não chegava,
brincadeira não tinha.

Menina moleca
começou a cansar.
Ficava quieta,
não ia mais brincar.

Foi pra o hospital
fazer exames.
Doença fatal,
resultado infame.

Menina sapeca
cabelos de mel.
Deixou a rua sem festa,
viajou para o céu.






Pedro Ramalho.
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Curvas Perigosas

Viajo pelo teu belíssimo corpo,
como transporte, apenas o meu toque.
Contorno suavemente teu belo rosto,
e nas curvas dos teus lábios sinto choque.

Desço mais rápido pela tua espinha,
no final, uma lombada mais que perfeita.
Passo suavemente naquela pele macia,
tanto na esquerda, quanto na direita.

Agora percorro das coxas até os belos dedos,
percebo os altos e baixos dos poros em arrepios.
Na volta tem umas curvas perigosas que me metem medo,
pois sei que nesse instante, meus toques não as desviam.

Mas dessa vez consegui passar pelas curvas perigosas,
em toque tão rápidos que derrapei nos teus lindos seios.
A viagem estava a cada momento mais gostosa,
de repente alguém chega, interrompendo o meu passeio.

Pedro Ramalho.
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A pureza da bela

Menina, quanta beleza!
Teu olhar é como a brisa,
que vai disseminando pureza,
desentediando a vida.

Apenas observa-la,
deixas-me encantado.
Não preciso toca-la,
o teu corpo é sagrado.

Quando ausenta-se um pouco,
sei que estás no paraíso.
De saudade fico louco,
mas entendo que é preciso.

O pensamento concretiza,
sinto tua forte emoção.
Hoje, nada a escraviza,
fazes o que desejas no coração.



Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)


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Poesia é cultura. Beijos.

Voltas, tristeza.

Por onde andas tristeza?
estou com saudade de ti.
Pra o que sinto, és leveza,
voltas urgente pra mim.

Estou em câmera lenta,
movimentos imperceptíveis.
Quase uma indolência,
assim a alma não vive.

Um absorto contínuo...
vácuo nos sentimentos.
Nem amarguras, nem fascínios,
apenas o nada por dentro.

Parece que travei onde estou,
sinto-me amarrado.
Quiça a força do amor,
desfaça esse nó tão bem dado.

Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)

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Doce lua

Á noite é tua,
oh! Luz dos amantes.
Mostra-te nua,
bela e delirante.

Desfilas na escuridão,
flertas com as estrelas.
Encantas corações,
todos sorriem, ao vê-la.

Com tua luz prateada,
ajudas a achar um ninho.
Para os amantes e suas amadas,
deliciar-se em carinhos.

Minha doce lua, minha amada,
quero-te à minha espera.
Serás minha namorada,
amar-te-ei vendo a Terra.

Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)

Foto: Pedro Ramalho.

Meu segundo livro de poesias. Agora.

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Poesia é cultura. Beijo

Amar em alto mar

Cabelos molhados,
lábios sensuais.
A espera do amado,
bela demais.

Vestido vermelho,
desenhava seu corpo.
Ao olhar no espelho,
um sorriso no rosto.

Pela janela de vidro via o mar,
estava com um azul tão calmante.
Observava horas a sonhar,
com o seu amor tão galante.

Estava num luxuoso navio.
No pescoço um colar de rubi.
Na mão uma taça de vinho,
o encontro de gala era ali.

Na porta um toque sutil,
era o charmoso comandante.
Ao vê-la , o abraçou e sorriu,
na cabine, a bela e o amante.

Pedro Ramalho.
( poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)

Meu segundo livro de poesias. Agora.
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Poesia é cultura. Beijos

Cheguei

Não sei pra onde vou,
apenas caminho.
A minha mente apagou,
agora, um vazio.

Meus pés estão sangrando,
a estrada é de pedra.
Rastos vou deixando,
e a vida me leva.

Quero descansar,
o sofrimento é cruel.
Mas não posso parar,
esse é meu papel.

Já não sinto meu corpo,
levito com a alma.
Tudo escuro, sem rosto,
uma luz me acalma.

Pedro Ramalho.
(poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)

Meu segundo livro de poesias, breve.

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Poesia é cultura. Beijos.

O fogo da paixão

O olhar, puro desejo,
um abraço bem apertado.
Beijo tua boca sem medo,
sei que amar não é pecado.

Pego nos cabelos assanhados,
puxo-a pra junto de mim.
Encosto-a no carro parado,
quero-te agora e aqui.

Ainda no estacionamento,
gritavas em meu ouvido.
Quero-o aqui e lá dentro,
mata-me esse prazer contido.

Tudo estava tão quente,
deliravas e já me sentia.
Abraços e gritos ardentes,
o fogo da paixão explodia.

Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)

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Poesia é cultura. Beijos.

A flor de janeiro

O sol acordou mais dourado,
na linda Jaboatão.
A brisa trás suaves recados,
para um sublime coração.

Radiante, pura alegria,
bela como uma flor.
Com a brisa em sintonia,
lê as mensagens de amor.

Hoje, é seu o dia,
tudo que queres, hoje podes.
Da mais exótica fantasia,
até uma paixão que explode.

Amante da natureza,
tens um olhar tão maneiro.
Encantas com tua beleza,
oh! Doce flor de janeiro.

Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)

Obs: Poesia em homenagem a minha
bela amiga, aniversariante de hoje.
31/01/15.

Poesia é cultura. Beijos.

Troxe-o de volta

Sentada num canto sozinha,
absorta, segurava uma flor.
O perfume, sua alma invadia.
Lembranças, lembranças do amor.

Uma lágrima triste escorria,
naquela face tão bela.
Lá fora a chuva caía,
como lágrimas do céu na janela.

De repente, uma intuição.
Correu pra janela chorando,
uma forte sensação,
sentia que era ele chegando.

Um vulto todo encharcado,
acenava de longe com a mão.
Naquele andar desajeitado,
estava o seu coração.

Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)

Meu segundo livro de poesias. Breve.

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Poesia é cultura. Beijos.