Recomeço

Sim, vamos recomeçar,
ainda existe amor.
Temos que nos adaptar.
ao novo que brotou.

Nossas mentes mudaram,
raízes estão mais profundas,
nossos ímpetos acalmaram,
encontramo-nos na mesma curva.

Desejo curti sua mudança,
após tempos afastados.
Nunca perdi a esperança,
de tê-la de volta ao meu lado.

A ausência nos fez refletir,
e, muitas coisas mostrar.
O lado bom e ruim,
após, é só comparar,
se o maior foi o sim,
nada mais a esperar.






Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)


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Poesia é arte e cultura.

Frases do poeta Pedro Ramalho

" Curta a vida, pois a vida é curta."

"A falta de desenvolvimento da sensibilidade, está tornando o Ser humano embrutecido, máquina, frio.
Poesia nele"

Beijos,

Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)

Poeminha do poeta

"Viva a amizade, viva a cultura, viva o conhecimento, viva o amor ao próximo, viva a natureza, que os homens máquinas estão destruindo e viva a poesia, que alimenta a alma, como o pão alimenta o corpo."

Beijos,


Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)

O sorriso

A vida nos ensina muito. Aprendo muito com o simples.
Por exemplo , o sorriso, quanto nos faz bem, quanto faz bem as pessoas. 

Não imaginamos ás vezes, quanto um sorriso muda o astral das pessoas, sentem-se queridas, sentem-se acariciadas, abrem o coração. 

Quanto bem fazemos a nos e ao próximo , com um simples sorriso...

Tão simples, tão importante, tão bom. Portanto, vamos sorrir com o coração.

Pedro Ramalho.  (2012)

"A vida está no simples"

Apenas um toque carinhoso,
quiçá, uma palavra amiga.
Um abraço carinhoso,
e, um sorriso que cativa.

Um gesto com doçura,
lembrança de um detalhe.
O doce olhar com ternura,
e, permanecer ao lado por vontade.

O aconchegante ombro amigo,
com o silêncio entendedor,
e, também chorar contigo,
dividindo a tua dor.

O enxugar de uma lágrima,
e, levantar-te com amor.
Tudo simples, quase nada,
e, entregastes uma flor.

Apertar as tuas mãos,
e, dizer algo em teu ouvido.
Ouvir junto uma canção,
e, o pra o que vier, conte comigo.





Pedro Ramalho.
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Solidariedade

Kieva! vá pra o castigo.

Não fostes para a escola,

brincando com seu amigo,

esquecestes da hora.

Domingo não vais ao cinema,

nem brincar com as meninas.

Não sinto um pingo de pena,

estás muito traquina.

Depois que ganhastes o Bonno,

ficastes mais atrevida.

Menina! Não tiras meu sono,

organizas a sua vida.

Kieva, uma doce pimentinha,

cumpria o que a mãe tinha mandado.

Mas, um amigo solidário tinha,

era Bonno, no castigo a teu lado.

Pedro Ramalho.

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Simplesmente viva a vida

Flores, amor, amizade,
sorriso, contemplação e carinho.
Que todos encontrem a felicidade,
no núcleo dos seus ninhos.

Bondade, paz, franqueza,
perdão, gratidão e humildade.
Eis a mais pura beleza,
sem maquiagem ou vaidade.

Sol, estrela, montanha, mar,
cachorro, água e pureza.
Fontes que nos ensinam a amar,
filhos da mãe natureza.

Mãe, cores, sentimentos, saudade,
e o palhaço que nos traz alegria.
Viver com liberdade,
e o encanto da poesia.






Pedro Ramalho.
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Poesia é arte e cultura.
  

A vida toca

Estava a tocar seu violino,
a música a despertar suas emoções.
Na mente, amores ressurgindo,
e sem DÓ, atingiu-lhes o coração.

O SOL, despedia-se com o seu esplendor,
deitada, olhava a cor do entardecer.
LÁ, na profundeza da sua alma, sentia dor.
A mudança do tom para o SI, tocou em você.

Mesmo na horizontal, continuava a tocar,
notava que a dor, era sem dor, anestesiada.
Ao RÉ tocar, começou a senti a vida, voltar,
e, com um MI, percebeu que já era de madrugada.

Sorrindo, dores sumindo, coração se abrindo,
e, em FÁ, a viagem chegava ao fim.
A música que tocara a sua vida, estava saindo,
cantarolando: Dó, ré, mi, fá, sol, lá, si...  






Pedro Ramalho.
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Além do prazer

A Luz das velas espalhadas pelos cantos,

deixavam no ar, mistério, sensualidade e fantasia,

ao mostrarem o corpo da bela e seus encantos.

Era fascinante aquela magia.

O exótico ambiente, deixava-nos excitados,

a espera do novo e do diferente.

Entre a luz e a penumbra, o teu corpo dourado,

aquele esplendor girava em minha mente.

Uma taça com vinho, derramei em teu corpo,

o dourado, o vermelho, os respingos, teus gemidos,

e o olhar de desejo que vinha do teu rosto,

fez-me calar-te com um beijo atrevido.

Já não sabíamos onde estávamos,

num prazer sem controles e sem limites.

Sentíamos que o fogo nos devorávamos,

mas, sensação melhor, não acredito que existe.

Pedro Ramalho.

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Transborde-me de ti

Vens preencher meu vazio,
quero de ti, transbordar.
Matas-me de carinho,
e fazes minha alma ressuscitar.

Quero senti o teu beijo,
não importa, se doce ou selvagem,
se acalma ou acirra meu desejo,
quero seguir a viagem.

Corpo a corpo, devagar,
as partes vão se encaixando,
em movimentos que nos fazem esquentar,
e a com razão, vão acabando.

Agora, assume a paixão.
Sem limites, louca, atrevida,
sentidos, sentimentos, explosão.
Sentimos o néctar da vida.






Pedro Ramalho.
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De repente...

Nuvens cinzentas, escuridão, noite fria,
música suave, e, o aconchego da cama.
Surge a dengosa melancolia,
e, instala-se num ambiente que ama.

Junto com ela, as recordações,
das amantes passadas.
Mexe com as emoções,
que estavam há muito tempo caladas.

A chuva começa a cair,
pensamentos aumentam o vazio.
Ah! que saudade de ti,
agora em meu peito surgiu.

Momentos, mudam, e, mudam o momento.
De repente, parece que tudo desaparece,
com a volta forte de um sentimento,
que a alma nunca, nunca esquece.

E agora, qual a solução?
Quiçá um copo com vinho,
pra acalmar o coração,
até chegar o soninho.
ou, esperar o sol do verão.






Pedro Ramalho.
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Gota divina

Oh! Gota bela e cristalina,
com tua forma de esfera,
pareces um lágrima divina,
ao cair em nossa Terra.

És uma exímia dançarina.
Movimenta-se com leveza e arte,
num encanto que fascina,
ao dividir-se em diferentes partes.

Dizem que és incolor.
Então, como te enxergo?
E porque não vejo o amor,
que mesmo não tendo cor, deixa-me tão cego?

Por senti-lá. Será?
Mas o amor, também sinto.
Oh! Pedacinhos mágicos vindos do lado de lá.
Onde tudo se faz e pode, muito além do infinito...

És pequenina na forma,
porém, o pequeno, sou eu. Finito.
Tu, corres, danças, brincas e se transforma,
ao juntar-se: Em grandes rios e mares infinitos...

Gota misteriosa e completa,
tens conhecimento e magia.
Ensinou a matemática com suas formas geométricas,
e enobreceu o português, inspirando-o à poesia.






Pedro Ramalho.
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Sorriso da inocência

"A alegria está aqui,
junto a inocência, dádiva do céu.
Comunicamos-nos ao sorrir,
eu e meu neto Guilherme Theo."

Pedro Ramalho.
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Olhar da pureza

"Não precisamos falar,
comunicamo-nos assim.
Através do puro olhar,
eu e meu neto Henrique Davi."





Pedro Ramalho.
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Meu tudo

Saí em busca do tudo,
sentia a minha vida vazia.
O barulho estava mudo,
ou, já não mais ouvia.

Percorri estradas desertas,
quiçá, por não olhar para os lados.
Seguia sempre em linha reta,
mesmo com atalhos variados.

De dia, só a cor da poeira,
de noite à escuridão.
A mente transbordava de asneiras,
e enchia de mágoas o meu coração.

Já muito distante,
cansado, e sem energia.
Deu-me saudade do antes,
senti uma ponta de alegria.

De repente! Dei uma parada.
Havia descoberto o porquê.
Caminhei em busca do nada,
pois meu tudo é você.







Pedro Ramalho.
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Hummm

Vens em minha direção,
deixa-me todo sem jeito.
Aceleras o meu coração,
com teus movimentos perfeitos.

Teu olhar, tira-me da razão,
tento, mas não consigo disfarçar.
Enlouqueces de vez minhas emoções,
sinto dificuldade pra respirar.

"Estou falando consigo,
o que há com você?
Não quer mais falar comigo?
Finges que não me vê."

Ao ouvi tua voz sensual,
a minha fala, estancou.
Ela então falou normal:
"Por você sinto amor."

RECOBRAR OS SENTIDOS,
TRÊS, DOIS, UM...
Olhei-a com um sorriso atrevido,
e, consegui murmurar: Hummm...






Pedro Ramalho.
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Atos no comando

Parecia algo irreal,
era um convite, somente.
Recebido de um neurônio cerebral.
Objetivo; Conhecer a minha mente.

Eufórico e um pouco assustado,
aceitei-o com muito prazer.
Deixamos tudo acertado,
marcamos ao anoitecer.

Na hora combinada,
vieram neurônios a me buscar.
Viajamos pelo caminho do nada,
e, em segundos estávamos lá.

Os grupos que estavam na frente,
declamaram várias poesias,
estavam muito contentes,
transbordavam de alegria.

Notei minorias agitadas,
e, ao líder perguntei:
Estão dessintonizadas?
Não seguem as mesmas leis?

O neurônio líder falou:
"Ainda temos conflitos.
A maioria defende o amor,
mas alguns, querem tudo no grito.

São grupos muito malvados,
outros, que tudo censuram,
alguns são depravados,
imagine! Conosco, não se misturam.

Mas, o nosso comando,
é a tua pregação mais ativa.
E, assim vamos conquistando,
pois o amor, tudo cativa.

Somos seus comandados,
convidamo-os para agradecer.
Aqui está tudo mudado,
com o teu esclarecer.

Ainda temos alguns conflitos,
mas estão arrefecendo.
És muito atuante.
O amor que pregas, está crescendo.

A maldade, quase já aniquilaste,
acabaste com a vaidade,
cumpriste a tua parte,
devolveu-nos a liberdade."






Pedro Ramalho.
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Paixão ou amor?

A paixão vem avassalar os sentimentos.
O amor chega, e, suavemente acalma o espírito.
A paixão dura alguns momentos,
mas, o amor é infinito...

A paixão acaba, por ser incontrolável,
deixando os sentimentos ininterruptamente nos limites.
Quando cansam, e são relaxados,
a paixão por ser insaciável, não resiste.

O amor, vem como a brisa, com harmonia,
e, aos poucos conquista a nossa alma.
Devolve-nos o viver com alegria,
e, com sua ternura, nos acalma.

A paixão tira-nos da razão,
faz vivermos momentos extasiantes.
Mas despedaça nossos corações.
ao deixarmos, sem adeus, fulminante.

O amor, aos poucos conscientiza.
Conquista sabiamente as nossas mentes.
o coração, tranquiliza,
e, fica conosco para sempre.






Pedro Ramalho.
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Poesia é arte e cultura.



 

Frases do poeta Pedro Ramalho

"O homem embebeda-se com as suas vaidades,
e, maltrata-nos nas suas ressacas brutais."

Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)

Metamorfose

"Sem cores, sem flores, e sem amores,
vive no momento o poeta.
Metamorfose só com dores,
surge o novo, e tudo conserta."


Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)

Turismo mental

Apenas, água a correr,
um redemoinho ou outro.
Mas, leva-me para viver,
momentos passados e soltos.

Viajo na correnteza,
nas margens, a minha vida.
A cada curva, surpresas!
Boas e algumas feridas.

Porém, sigo a minha viagem.
A paz da água me acalma,
sempre com novas imagens,
algumas vindo da alma.

De repente, deságuo no oceano,
muita gente, confusão.
Quero voltar. Mas,contra a correnteza, só insano.
Seria como dirigir na contramão.

Sinto a doce brisa do mar,
peço-a uma carona, docemente.
Agora, viajando pelo ar,
de volta a origem da minha mente.






Pedro Ramalho.
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Poesia é arte e cultura.

Parou!

Para instante, para!
Quero viver deste beijo.
Nem a morte nos separa,
estamos no néctar do desejo.

Torne esta imagem infinita...
Mas antes de ir, veja ela,
quiçá, a mais sublime e bonita,
dos seus instantes na Terra.

Oh! instante do instante.
A bela, o tornou mais belo.
Observe a suprema postura da amante!
Existe instante mais singelo?

Tua boca levou-me a doçura.
Sinto-a tão quente. Como é suave a tua mão?
Já não sei se és real, irreal ou loucura,
ou, se estou nesta vida ou em outra dimensão.





Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)



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Poesia é arte e cultura.

Menina maluquinha

As vezes andava descalça,
brincava com todos, sem distinção.
Sem ela, a galera ficava sem graça,
faltava-nos, inspiração.

Cabelos, sempre ao vento,
calça jeans, rasgada.
Tornava feliz, o momento.
Cantava, sorria e, de emoção, chorava.

Era puro sentimento,
fiel com seus amigos.
Dizia-nos: "A qualquer momento,
podem contar comigo."

Passeava de bicicleta,
mergulhava da ponte, no rio,
corria como uma atleta,
seu mundo não existia o vazio.

Um dia, chegou sem brincar e sem sorrir.
Deixou-nos preocupados.
O quê a deixaria assim?
Mas, permanecemos calados.

Uma lágrima em seu rosto escorria,
ela resolveu falar:
"Estou com leucemia,
preciso urgente me tratar.

Internarei-me amanhã no hospital."
O silêncio permaneceu.
A cidade amanheceu anormal,
a menina maluquinha, morreu.






Pedro Ramalho.
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OBS: Vivamos o hoje, como se não houvesse amanhã.




Poesia é arte e cultura.

 

Chuva encantada

Dança das gotas, água empoçando
cheiro de terra, barulho nas telhas,
lagoa enchendo, sapos cantando,
raios tornando a noite vermelha.

Formigas com asas começam a voar,
crianças molhadas, pulam a gritar,
um trovão forte estar a roncar,
assim é a chuva a nos encantar.

Ouvimos músicas marcantes,
pra lembrar dos amores.
Curtir doces instantes,
alguns, que deixaram dores.

Oh! Chuva tão bela. Líquido dos sentimentos:
Euforia, tristeza, alegria e melancolia.
Nos afoga nos pensamentos.
Chuva! tu és uma poesia.




Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)



Poesia é arte e cultura.

A natureza, brinca

No alto da montanha, olhava absorto...
Quiça por não encontrar o fim do horizonte.
O calmo lago em recortes certos e tortos,
o poeta, inspirava-se na fonte.

O por do sol pintava o céu com suas cores,
vermelha, amarela e laranja cinzenta.
E, como um homem infiel muda de amantes,
ou uma pintura em câmera lenta,
mudava de tons a cada instante.

O belo, mais belo, ficava.
Assistia solitário aquele encanto.
Um pássaro ao meu lado também admirava,
e, contribuía com o seu belo canto.

Pedras, matos e o poeta.
Apenas pra nos, a magia bailava,
minha alma estava tão perplexa!
A natureza, simplesmente brincava.






Pedro Ramalho.
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Dentro do espelho

Estou dentro do espelho,
quis conhecer-me ao inverso.
Vê o verde, vermelho,
passear em outro universo.

Comecei a me assustar.
Ao vê a parte inimiga do amigo,
no espelho a conversar,
logo após, estar comigo.

Vi pessoas angelicais,
mostrarem-se tão perversas.
ao acharem normais,
maldades não confessas.

Também uma surpresa safada,
uma mulher que dizia me amar.
Mas mantinham-se calada,
por medo de se entregar.

Não quero mais ficar aqui,
ouvi do fim pra o começo.
Preciso urgente sair,
estou no avesso do avesso.




Pedro Ramalho.
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Meu simples e amigo camelo

Um camelo e vários grãos de areia,
estava eu. Refletindo ou delirando?
A paisagem era bela, mas a situação era feia.
De sede aos poucos morria, sentia o meu corpo dobrando.

Momento de grande aprendizado
Tinha dinheiro, carro, mansão,
mesmo que estivessem ao meu lado,
nada resolveriam, nesta situação.

Apenas um simples camelo,
um animal sem vaidades,
ajoelhou-se para eu sentar em seu pelo,
e levou-me de volta a cidade.

Cheguei quase morrendo,
fui salvo, recuperei.
Mas logo fiquei sabendo,
o camelo morreu, assim que cheguei.

Meu Deus, porque isso comigo?
Daria tudo que tinha, em troca da vida do meu salvador.
Sacrificou-se por um amigo,
e, ensinou-me o que é o amor.






Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)

Partiu

Não sei se triste ou alegre,
apenas num diferente instante.
Será que a minha alma consegue,
viver de ti, tão distante?

Nada apagará a trajetória,
em que juntos caminhamos.
Ficará pra sempre na memória,
quiçá, sem o final que desejamos.

Segues em frente a tua vida,
uses o seu talento.
Sem mágoas ou feridas,
aproveites bem o seu tempo.

Se o ciclo realmente fechou,
este era nosso destino.
Mas, se brotar uma nova flor,
voltarei pra o ninho sorrindo.

Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)

Achando-me aos pedaços

Vivo sempre buscando-me.
Acho-me aos pedaços,
assim, vou formando-me,
como uma pintura com traços.

Sinto mais sensibilidade,
quando encontro pedaços do coração.
E, muita suavidade,
ao achar, partes das minhas mãos.

Do cérebro, gera-me: Tristeza e alegria,
cultura e conhecimento.
É como achasse várias poesias,
que falassem dos sentimentos.

Ás vezes, caminho muito tempo,
procuro-me, e, não acho nada.
Quiçá meus mortos momentos,
sinto-me em uma cidade fantasma.

Tenho medo de achar o meu resto,
de uma única vez, sem querer.
Completar-me-ei, tudo certo.
Mas, deixarei de viver.






Pedro Ramalho.
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Simplesmente bela

Teus cabelos acariciavam suavemente
a pele do teu rosto ao deslizarem.
Como lágrimas que descem suavemente,
aliviando-a dos sofrimentos ao perdoares.

A arte, em ti nasceu.
Ou, és a própria arte!
Cada movimento teu,
mostra do belo uma parte.

Sem cores, sem flores, sem vaidades,
apenas ti, ao natural.
A beleza da simplicidade,
o esplendor do normal.

Como a brisa, o por do sol e o mar,
vivem como foram criados.
Tu não precisas maquiar,
o belo está a teu lado.






Pedro Ramalho.
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Voltei a viver

Sinto o mundo desabar,
mas, em câmera lenta.
Quiçá uma chance pra me salvar,
dessa fase turbulenta.

As lágrimas já secaram,
minha alma, é só tristeza.
Sentimentos, já pararam,
estou no fim, com certeza.

Vejo diversas luzes,
de variadas as cores.
Vultos em formas de cruzes,
e neles, crucificados, os meus amores.

Sinto dó de deles e de mim,
nunca soubemos amar.
Por isso estamos assim,
com as mentes a divagar.

As luzes permanecem em minha frente,
e, em código morse, piscavam
comunicando-se com a minha mente.
Sentia, que meus medos acabavam.

Suavemente, sorri.
Uma lágrima em meu rosto brotou,
Agora, eu percebi.
A minha vida voltou.







Pedro Ramalho.
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Não me deixes...I

O destino mudou de repente,
uma transferência inesperada,
fostes chamada urgente,
eras a mais capacitada.

Ao saber, desabei,
o mundo descoloriu.
O que fazer? Não sei.
A minha alma sumiu.

Era o futuro dela,
como profissional.
O tempo não espera,
segue sua vida normal.

A distância era imensa,
ia pra outro país.
Era grande a recompensa,
queriam levá-la daqui.

Íamos nos encontrar,
para a nossa despedida.
No carro, comecei a chorar,
sentia meu corpo sem vida.

Encontramo-nos para o desfeche,
dentro dos carros nos beijamos com prazer.
Chorando, disse-lhe: Não me deixes, não me deixes...
Respondeu-me: Ficarei. O meu mundo é você.






Pedro Ramalho.
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Tudo pode

Estou em silêncio profundo,
local das minhas inspirações.
quase chegando em meu mundo,
núcleo das criações.

Lugar Profano e sagrado,
não existe preconceito.
Como um sonho encantado,
Tudo aqui é perfeito.

O feio é inexistente.
O belo está no ver,
mude o ângulo na mente,
irá se surpreender!

Aqui não existe censura,
da pureza a orgia, da tristeza e alegria.
É onde a arte junta-se a cultura,
o universo da poesia.

Pedro Ramalho.
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Dança da liberdade

Dance, libere sua emoção,
passos, movimentos e arte,
a beleza em alta rotação,
mostra o seu corpo parte a parte.

A coreografia é tão bela,
do nada, brota energia,
e a mente viaja com ela,
numa mistura de paz e alegria.

Ao girar como redemoinho,
cria uma brisa feminina,
com cheiro de ardente carinho,
que aos poucos, alucina.

O belo entra em harmonia,
simples, exótico e sensual.
Ao redor, todos vivem suas fantasias,
o instante é transcendental.






Pedro Ramalho.
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Poesia é cultura e arte.

Sábio vento

Dias do ano espalhados pelo chão,
mas, apenas os bons momentos.
A cada flor, vivemos uma doce emoção,
preservadas, pelo sábio vento.

Os dias ruins, ele levou.
e, espalhou-os pela natureza.
Conviverão com o amor,
e, reaprenderão com a beleza.

É a reciclagem da vida,
o polimento do bruto.
A cura das nossas feridas,
para acabar de vez com o luto.

Sim! O universo conspira,
somente com o verdadeiro amor.
Porém, castiga a mentira,
com o sofrimento e a dor.

O infinito, a natureza e outras dimensões,
são as fontes da sabedoria.
Os segredos, os mistérios e as incompreensões,
fazem parte das suas sintonias.

O sábio vento quis nos ensinar,
que podemos melhorar as nossas mentes.
É só jogarmos as vaidades e os egoísmos para o ar,
e, deixarmos a vida, nos levar livremente.






Pedro Ramalho.
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Ausência

Não compreendo o que é ausência.
Se é falta, porque a sinto?
Se a sinto, seria presença.
Tudo soa esquisito.

Fico olhando pra o infinito...
As vezes, vejo belas formas,
ouço vozes e gritos,
a minha alma se transforma.

Atravesso a linha do horizonte,
pasmo! Ao vê onde o sol dorme.
Lindas e simples pontes,
mas, apenas uma tem escrito, retorne.

Estou levitando, vejo tudo de cima,
o diferente, é tão lindo!
Observo bem longe uma menina,
à beira do mar refletindo.

Sei que a menina sou eu,
mas, sem a minha presença.
De repente, ela/eu, deu-me adeus,
compreendi, o que é a ausência.






Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)


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Poesia é arte e cultura.

Prenúncio de uma partida

Prenúncio de uma partida,
o que é bom dura pouco.
Flaschs de despedidas,
matam saudades aos poucos.

Uma noite de São João,
lembranças do interior,
a fogueira, o milho e o chão,
e um trio cheio de amor.

Que linda ternura!
Instantes que marcam a vida inteira ,
O cuidado das mãos tão seguras,
pra mantê-los juntos, e, distantes das fogueiras.

Hoje, vivem separados,
saudades, foi o que lhes restou.
Mas estão sempre conectados,
e, só aumenta o amor.



Obs: Foto: Meu filho Pedro e Meus netos Guilherme Theo e Henrique Davi.
                  (Antes da ida dos meus netos de Salvador para BH)

Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)


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Poesia é arte e cultura Beijos.

Apenas um simples quarto

Apenas um simples quarto,
espaço muito restrito.
Sem pintura e sem trato,
mas mesmo assim é bonito.

Uma janela pra o universo,
o cantinho do encanto.
Inspirações, transformam-se em versos,
e a brisa leva-os pra todos os cantos.

O corpo, sente-se preso.
Mas a alma tem liberdade,
pra realizar os desejos,
e matar as saudades.

Apenas um simples quarto,
escola do meu saber.
Mostrou-me a vida de fato,
ensinou-me a viver.






Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)



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Poesia é arte e cultura. Beijos.

Voe atrás dos seus sonhos

Comece o ano sem medo,
atrás dos seus sonhos, voe.
Se jogue, enquanto é cedo,
o tempo perdido, já foi.

Está no ponto inicial,
de caminhos desconhecidos.
Tudo parece anormal,
penso estar perdido.

Mas continue, vá em frente,
é lá, que seu sonho está.
Diga sempre a sua mente,
já estou pra chegar.

Um dia, ao ver o amanhecer,
no alto de uma colina.
Você irá compreender,
porque a vida é tão linda.

Sonhos, podem mudar,
durante a nossa trajetória.
Após. coisas novas, observar.
quiçá, mudemos a nossa história.






Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)



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poesia é arte e cultura.

Beijos.