segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Meu simples e amigo camelo

















Um camelo e vários grãos de areia,
estava eu. Refletindo ou delirando?
A paisagem era bela, mas a situação era feia.
De sede aos poucos morria, sentia o meu corpo dobrando.

Momento de grande aprendizado
Tinha dinheiro, carro, mansão,
mesmo que estivessem ao meu lado,
nada resolveriam, nesta situação.

Apenas um simples camelo,
um animal sem vaidades,
ajoelhou-se para eu sentar em seu pelo,
e levou-me de volta a cidade.

Cheguei quase morrendo,
fui salvo, recuperei.
Mas logo fiquei sabendo,
o camelo morreu, assim que cheguei.

Meu Deus, porque isso comigo?
Daria tudo que tinha, em troca da vida do meu salvador.
Sacrificou-se por um amigo,
e, ensinou-me o que é o amor.






Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)









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