Viva a poesia!
quinta-feira, 24 de novembro de 2022
Prenúncio de uma primavera
Prenúncio de uma primavera
A inspiração despediu-se para sempre.
Escorria uma lágrima azeda, ardida, amarga, ácida deixando no caminho marcas profundas no rosto do poeta.
Os pingos caiam nos rabiscos, destruindo a nova poesia.
Porque foi embora?
Talvez não estivesse mais suportando desempenhar a personagem imposta pelo poeta.
Nunca a consultava.
Ele a amava, mas não foi o suficiente para tê-la eternamente.
Quiçá ela não o amasse, e, tenha sido seduzida pela sensibilidade de um outro poeta.
Não a impediu de ir, a liberdade é a essência da poesia.
Novas inspirações virão, é a renovação dos escritos.
Com certeza surgirão novas flores na primavera do poeta.
A Poesia é infinita...
Pedro Ramalho
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)
Poesia é arte e cultura
BH, 13/09/2022.
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