Oração ao infinito

Olhando para o infinito...
O vento a acariciar o meu rosto,
lanço no espaço  meus gritos,
com fé que os Deuses os ouçam.

Não quero viver com amarguras,
mágoas, tristezas ou sofrimentos.
Quero no coração só ternura,
como a carícia que sinto do vento.

Quero me apaixonar pela vida,
sorrir, amar, viver.
Cicatrizar minhas feridas,
mudança total em meu ser.

Quero rever velhos amigos,
sentir o perfume das flores.
Andar na chuva sem abrigos,
enfrentar sem medo os amores.

Quero sentir as águas: Dos rios, mares e da chuva,
ver o espetáculo do por do sol.
Quero o vinho, a guria e a uva,
e ouvir o canto do rouxinol.

Quero entregar-me a paixão,
a alegria e a explosão de emoções.
Quero praticar a compaixão,
para adoçar os corações.

Quero chupar uma pitanga,
pisar na terra descalço.
Conhecer onde o vento anda,
e ensinar o difícil a ser fácil.

Quero a simplicidade,
a paz que vem do amor.
Quero destruir a maldade,
e viajar para onde não há dor.





Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)




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Poesia é cultura. Beijos.