O menino catava pedra na estrada,
e, as colocava num saco vazio.
Uma parte estava rasgada,
mas o moleque não viu.
As pedras caiam pelo caminho,
mas o malvado, pensando, não percebeu.
Eram pra matar passarinhos,
porém, começaram a furar pneus.
Ao chegar, notou o saco rasgado,
e, não havia nada dentro.
O estilingue estava pendurado,
mas um grito, abafou o seu lamento.
Era seu pai o chamando.
"Que estava fazendo, enquanto eu estava na luta."
O menino respondeu chorando,
estava colhendo frutas.
O pai retrucou:"E as frutas, onde você meteu?"
O saco estava rasgado e caíram na estrada.
O saco estava rasgado e caíram na estrada.
"Por isso que vi no caminho vários carros trocando pneus.
Mentiroso! Eram pedras que trazia para matar a passarada.
Vou te dar um castigo por tempo indeterminado:
Todas as manhãs, cantará com as aves."
Na manhã seguinte, estava o menino cantando,
e, com o passar do tempo, já achava aqueles cantos suaves.
Começou a conviver com os pássaros e admirá-los,
observar suas cores diferentes e a sua pureza.
Um dia, choveu muito e eles não chegaram.
Lágrimas escorreram. Naquele instante, a vida perdia a beleza.
"A sensibilidade havia sufocado minha rebeldia.
No outro dia, cantando, os pássaros vieram a mim.
Ensinaram-me o amor a paz e a poesia.
E, as pedras da estrada, lapidaram-me."
Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)
Meus livros de poesias à venda in box ou pelo email -
pedroramalho1950@gmail.com
Poesia é cultura. Beijos.
Vou te dar um castigo por tempo indeterminado:
Todas as manhãs, cantará com as aves."
Na manhã seguinte, estava o menino cantando,
e, com o passar do tempo, já achava aqueles cantos suaves.
Começou a conviver com os pássaros e admirá-los,
observar suas cores diferentes e a sua pureza.
Um dia, choveu muito e eles não chegaram.
Lágrimas escorreram. Naquele instante, a vida perdia a beleza.
"A sensibilidade havia sufocado minha rebeldia.
No outro dia, cantando, os pássaros vieram a mim.
Ensinaram-me o amor a paz e a poesia.
E, as pedras da estrada, lapidaram-me."
Pedro Ramalho.
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Poesia é cultura. Beijos.
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