segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Justiça do amor














Não deixe-me! Confesso que errei.
Pelo nosso amor ainda agonizante,
dei-me um prazo, eu mudarei.
E, com certeza viveremos em outros horizontes.

"Não é fácil pra mim, estou no chão.
Magoaste a minha alma profundamente,
e, despedaçastes meu entregue coração.
Suma!Desapareça da minha vida definitivamente.

Conseguiu destruir dois corações,
SUMA!!! Estou morta pra você."
Lágrimas escorriam de raiva e emoções,
aquele instante, Fridda não queria viver.

Aman, no silêncio dos culpados,
solto-a, e, já não sentia o seu corpo.
Saiu andando, sem rumo, desnorteado,
com a vergonha no rosto.

Cinco anos passaram ligeiro,
o tempo ajudou a cura-los.
Fridda, nunca soube do seu paradeiro,
o castigo conseguiu afasta-lo.

Fridda, agora, com casamento marcado,
providenciava a comemoração.
Aman, não quis mais ninguém ao lado,
era dela seu coração.

Resolveu voltar à cidade,
queria rever os velhos amigos.
Parecia que tinha a mesma idade,
sentia que já tinha pago o castigo.

Ao vê-lo, Mara, sua prima, causadora da despedida,
e agora uma Noviça. Abaixou a cabeça envergonhada.
Dirigiu-se imediatamente a casa de Fridda,
Bateu na porta, Fridda a recebeu, magoada e admirada.

Mara foi logo falando. Hoje, sou uma Noviça, preciso desabafar.
Naquela noite, após a festa, levei Aman para dormir em minha casa.
Tinha bebido muito, carreguei-o até a cama, e, comecei o beijar.
Gostava dele, excitada, fora de mim, quis por ele ser amada.

Joguei-me em cima dele, ele bêbado, balbuciava seu nome,
por ciúme, naquele momento louco, comecei a gritar.
Meu pai acordou, viu-me chorando, apontei e disse: foi aquele homem.
Meu sobrinho! O que ele fez? Tentou a fôrça me amar.

Meu pai, louco de raiva, o levantou e jogou na rua. Canalha!
Aman, atordoado, saiu cambaleando sem rumo.
No outro dia, cidade pequena, notícia ruim se espalha,
foi como soubestes na época, presumo.

Fridda, não acreditava, parecia que estava sonhando.
Disse: Por favor, saia daqui! Destruístes o meu puro amor.
Castigado, inocente, e o pior: Não sabe, que não é culpado.
Fridda não sabia que ele estava aqui, não o via há cinco anos. Desmaiou.

Recuperada, vestiu-se, e de Aman foi a procura.
No caminho, chorava, lembrando o último momento,
Ao dobrar a esquina, encontro de olhares, entregou-se a loucura,
Abraçou-o, beijou-o, e, o relato contou-lhe. Cidade pequena, adeus casamento.

Aman, sem mágoas, nem raiva, sorria e chorava com um criança,
rosto com rosto sentiam-se os mesmos, perceberam que o tempo os ajudou.
Ele a beijava e a dizia que nunca perdera a esperança,
Abraçados, sentiram, que a vida deles que havia parado. Se movimentou.

Agora, só alegria, e curti os cinco anos perdidos.
Fridda, honestamente a seu ex noivo a história relatou.
Não sabiam por onde começar a desfrutar o amor contido,
de mãos dadas, correram. Sentiram a brisa da liberdade. O pesadelo acabou.






Pedro Ramalho.
(Poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia)


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Poesia é a mais doce magia. Beijos.








    




















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